Presidente do Panamá inaugura a VII Cúpula das Américas

  • Por EFE
  • 10/04/2015 22h51
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Cúpula das Américas tem início no Panamá

EFE Cúpula das Américas

O presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, inaugurou nesta sexta-feira a VII Cúpula das Américas, da qual participam os chefes de Estado e de governo dos 35 países do continente americano, inclusive Cuba, pela primeira vez na história.

“O grande desafio que teremos nestes dias é, deixando as diferenças conjunturais de lado, buscar os pontos de convergência que nos permitam lutar unidos contra a desigualdade, a falta de oportunidades e a delinquência”, disse Varela em seu discurso no centro de convenções Atlapa, sede da reunião.

O líder panamenho elogiou “a coragem e a vontade dos chefes de Estado e dos governos que deixaram de lado suas diferenças históricas em busca de aproximações que trarão melhores dias para seus povos e nosso continente”.

Após mais de meio século de tensões, Cuba e Estados Unidos têm na Cúpula do Panamá um cenário para avançar no processo de aproximação anunciado em dezembro do ano passado de forma simultânea pelos presidentes americano, Barack Obama, e cubano, Raúl Castro, ambos presentes na reunião hemisférica.

Varela, que assumiu o poder no Panamá em julho do ano passado, convidou seus colegas do continente a avançar “rumo ao estabelecimento de um roteiro para escrever juntos a história de 35 líderes que lideramos mais de 900 milhões” de pessoas “para uma época de paz e prosperidade com igualdade”.

O presidente panamenho disse estar “convencido” que os governantes americanos devem “unir vontades e somar esforços para combater as ameaças” e desafios enfrentados pela região, que, especificou, são “a desigualdade e o avanço do crime organizado”.

“Chegou o momento de fortalecer a cooperação inter-agencial de nossos países contra o crime organizado, através da troca de informação e melhores práticas”, especificou.

Varela disse que espera que a VII Cúpula das Américas “sirva para avaliar os fluxos migratórios” no continente, e dar ao problema, que tem “motivações econômicas, sociais e de segurança”, um “enfoque humano”.

“A prosperidade que vive nosso continente não foi suficientemente compartilhada e queremos que seja maior a população beneficiada para que dita prosperidade seja duradoura”, comentou o chefe de Estado panamenho.

Varela acrescentou que “é a hora de unir esforços e fortalecer a cooperação para que todos os países possam contar com o inventário de projetos de infraestrutura pública necessários para erradicar a desigualdade e a pobreza”.

Varela ressaltou que há vários anos o continente americano deixou para trás os “momentos muito difíceis” que viveu, ao ser “palco de justas, mas custosas lutas sociais em meio às diferenças ideológicas e à medição de forças entre grandes potências”.

“O último conflito desta época está para terminar. Nesse sentido e à medida que avança o Diálogo de Paz em Havana, vemos com muito otimismo como a Colômbia segue a caminho de se transformar em um país modelo internacional para a solução negociada de conflitos armados”, afirmou Varela.

A VII Cúpula das Américas, convocada pelo Panamá sob o lema “Prosperidade com igualdade”, terminará sem uma declaração conjunta perante a falta de consenso devido às tentativas da Venezuela de impor uma crítica à política dos Estados Unidos contra o país sul-americano.

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