Presidente do Panamá recebe soco de ex-embaixador em Washington
Panamá, 16 fev (EFE).- O presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, tomou um soco do ex-embaixador do país em Washington, Jaime Alemán, acionista da empresa CUSA, durante uma discussão em uma festa privada, contaram neste domingo testemunhas à Agência Efe.
De acordo com ela, a briga aconteceu durante um casamento na noite do sábado no luxuoso hotel de praia Buenaventura, a cerca de 100 quilômetros da capital, e Alemán gritou para o presidente “ladrão” e “corrupto” antes de dar-lhe um soco na cara.
Aparentemente Martinelli tinha insultado antes o empresário, que foi embaixador do Panamá em Washington e dirigente na campanha eleitoral do vice-presidente e opositor Juan Carlos Varela, do Partido Panameñista.
O empresário e crítico de Martinelli Roberto Eisenmann escreveu no Twitter: “Panamá tem novo campeão de boxe. Kid Jaime bateu no Capo (como chama Martinelli) após chamá-lo de ladrão no casamento ontem à noite. Aplauso fechado de todos!”
Enquanto a veterana dirigente do Partido Popular, de oposição, Teresita Yaniz de Arias escreveu na rede social: “Ontem à noite o Presidente da República agrediu fisicamente um advogado e diplomata em um casamento. Onde quer nos levar? Respeito, por favor!”.
Mario Rognoni, analista político e amigo do ex-general Manuel Antonio Noriega, resenhou em sua conta que: “Bodas concorrem com promoções de boxe. Em Buenaventura duas brigas, Martinelli vs Alemán e Bárcenas vs Paredes!”.
A presidência panamenha não fez referência à briga, nem Martinelli, no Twitter.
O Canal 2 TVN ressaltou em seu site que “muitos tuiteiros consideram que este tipo de situação prejudica o ambiente prévio às eleições gerais em maio, por isso pedem um discurso de nível entre os políticos de nosso país”.
A CUSA é a empresa panamenha sócia no Grupo Unidos pelo Canal (GUPC), que atualmente mantém paralisadas as obras de ampliação da via interoceânica por falta de fundos.
O ex-administrador do Canal Alberto Alemán Zubieta, que foi sócio da CUSA, disse hoje em entrevista ao jornal “La Estrella” que desconhecia se as críticas de Martinelli pela crise na ampliação da via aquática obedeciam a esse suposto interesse do presidente na empresa de seus primos. EFE
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