Presidente do Peru faz mudanças em 5 ministérios após pedidos da oposição

Lima, 17 fev (EFE).- O presidente do Peru, Ollanta Humala, fez mudanças nesta terça-feira em cinco ministérios depois que a oposição política condicionou, nas últimas semanas, essa medida à sua participação em um diálogo nacional para aliviar a tensão política no país.

José Luis Pérez Guadalupe substitui Daniel Urresti no Ministério do Interior; Rosa María Ortiz entra no lugar de Eleodoro Mayorga em Minas e Energia; Fredy Otárola assume o de Justiça e Direitos Humanos no lugar de Daniel Figallo; Marcela Huaita substitui Carmen Omonte na pasta da Mulher e de Populações Vulneráveis; enquanto Daniel Maurate entra no lugar de Otárola em Trabalho e Promoção do Emprego.

A saída de Urresti, que era o ministro com maior aprovação nas pesquisas de opinião, acontece depois de exigências da oposição, devido aos enfrentamentos do ex-ministro com os seus principais dirigentes políticos e pela repressão de um protesto contra a companhia petrolífera argentina Pluspetrol, que deixou um morto e mais de 30 feridos na semana passada.

No dia 9 de fevereiro, o governo peruano convocou um diálogo político com o objetivo de fortalecer a institucionalidade, ao qual compareceram líderes e representantes de 15 partidos políticos, mas não os do ex-presidente Alan García, do Partido Aprista, nem Keiko Fujimori, líder do Força Popular e filha do ex-presidente Alberto Fujimori, as duas principais forças de oposição do país.

As mudanças nos gabinetes também são consequência da queda na popularidade de Humala, que tem uma média de 22% de aprovação, e de sua esposa, Nadine Heredia, que caiu para 16%, o número mais baixo de toda a gestão.

O governo de Humala vem enfrentando nas últimas semanas uma série de críticas, que vão desde a Lei Trabalhista Juvenil, já derrogada após várias manifestações, até acusações de espionagem a seus opositores, assim como insinuações de acobertamento de um empresário acusado de corrupção.

A imprensa local também insistiu nas últimas semanas nas investigações preliminares abertas pela procuradoria contra Nadine Heredia por suspeitas de lavagem de dinheiro, devido ao aumento de seu patrimônio entre 2006 e 2008 e pela aquisição de imóveis por parte de seus familiares. EFE

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