Presidente do Sri Lanka dissolve parlamento e anuncia eleições
Colombo, 26 jun (EFE).- O presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, decretou nesta sexta-feira a dissolução do parlamento e anunciou a convocação de eleições parlamentares para agosto, conforme informou uma fonte oficial à Agência Efe.
“O parlamento será dissolvido à meia-noite de hoje, o presidente assinou o Diário Oficial de notificação”, disse o porta-voz do governo, Rajitha Senaratne.
Sirisena afirmou em janeiro, pouco após vencer o pleito presidenciais, que em cem dias haveria eleições parlamentares, prazo expirado em 23 de abril, embora os mandatos do parlamento estejam previstos até o mesmo mês de 2016.
“A dissolução do parlamento é uma decisão do presidente que reivindicamos para não afundar ainda mais o país no caos, por isso é bem-vinda”, afirmou à Agência Efe um parlamentar da oposição, Dinesh Gunawardena.
O político acrescentou que, sem uma maioria parlamentar, “o governo reconheceu que não pode aprovar suas promessas”.
O primeiro-ministro nomeado pelo presidente, Ranil Wickremasinghe, que o apoiou no pleito de janeiro, não conta com maioria em uma câmara de 225 membros, o que dificulta a aprovação das reformas prometidas.
Sirisena chegou ao poder como candidato de unidade de oposição ao derrotar seu rival, Mahinda Rajapaksa, que pretendia chegar a um terceiro mandato após uma década no poder.
O novo presidente foi ministro de Rajapaksa até dois meses antes das eleições e secretário-geral de sua formação política, o Partido da Liberdade do Sri Lanka (SLFP), do qual foi suspenso.
Apesar de o primeiro-ministro carecer dessa maioria, o parlamento do Sri Lanka aprovou em abril uma emenda constitucional que limita os poderes do presidente do país, uma promessa eleitoral de Sirisena.
A reforma constitucional cortou os poderes atribuídos a Rajapaksa durante os dez anos que comandou o país, como a eliminação do limite de dois mandatos, a capacidade para nomear juízes e a nomeação de responsáveis de instituições como a polícia e corpos anticorrupção.
A Suprema Corte alertou o governo que para modificar os poderes do presidente na Constituição era necessário realizar uma consulta popular, mas Sirisena eliminou essa cláusula. EFE
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