Presidente e governo iemenitas confirma presença em conversas de Genebra

  • Por Agencia EFE
  • 08/06/2015 11h05
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Riad, 8 jun (EFE).- O primeiro-ministro do Iêmen, Khaled Bahah, confirmou nesta segunda-feira a presença do presidente e do governo iemenitas nas negociações que serão realizadas em Genebra auspiciadas pela ONU, que terão participação também do movimento rebelde dos houthis para tentar alcançar uma solução ao conflito em seu país.

No entanto, em entrevista coletiva celebra em Riad, Bahah afirmou que seu Executivo só está disposto a negociar sobre a base da resolução 2216 do Conselho de Segurança da ONU, que exige a retirada dos rebeldes houthis das principais cidades e que estes entreguem as armas.

“Iremos a Genebra como um bloco nacional unificado, que inclui a presidência, os partidos políticos e o governo, para pôr fim ao projeto golpista (dos houthis)”, ressaltou Bahah.

Além disso, Bahah assegurou que a participação dos houthis nas negociações de Genebra “significa que reconhecem a legitimidade (do presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi) que rejeitavam”.

Nesse sentido, Bahah manifestou seu desejo de que a milícia rebelde xiita “se dedique à política e abandone os crimes”.

O primeiro-ministro disse que o tema da ajuda humanitária aos iemenitas fará parte das negociações de Genebra, e destacou que a resposta de seu governo às chamadas internacionais para participar de Genebra representa um respaldo à paz.

Por outro lado, Bahah indicou que os grupos terroristas Al Qaeda e Ansar Alá, (seguidores de Deus), como também são conhecidos os houthis, são igualmente extremistas.

Além disso, acrescentou que “quem deseja efetuar um golpe de Estado ou impor um novo regime, deve buscar uma ilha ou uma zona nova”.

As declarações de Bahah ocorrem quatro dias depois que os houthis anunciaram, de forma extra-oficial, que participarão “incondicional prévias” na reunião de Genebra, organizada pela ONU e prevista para 14 de junho.

Este encontro será o primeiro entre ambas as partes para buscar uma solução política ao conflito armado, que causou mais de 2 mil mortes e deixou um milhão de deslocados internos, segundo dados da ONU.

Uma coalizão liderada pela Arábia Saudita bombardeia desde março posições dos rebeldes houthis, que controlam a capital iemenita, Sana, e vastas zonas do país, para evitar que tomem o domínio da cidade de Áden, a principal do sul e reduto das forças leais ao presidente Hadi. EFE

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