Presidente egípcio interrompe participação em cúpula africana por ataques
Cairo, 30 jan (EFE).- O presidente do Egito, Abdul Fatah al Sisi, decidiu nesta sexta-feira interromper sua participação na cúpula da União Africana que começou hoje na capital da Etiópia, Adis-Abeba, após os sangrentos ataques de ontem à noite contra as forças de segurança egípcias, que deixaram mais de 30 mortos.
Segundo a televisão estatal, Al Sisi abandonará a cúpula após a sessão inaugural para poder seguir de perto os eventos no país.
Ontem à noite, homens armados realizaram vários ataques simultâneos contra as forças de segurança egípcia nas localidades de Al Arish, Sheikh Sued e Rafah, na Península do Sinai, nos quais morreram entre 30 e 45 pessoas, segundo diferentes fontes.
O atentado mais violento aconteceu contra o quartel da Brigada 101 do exército, situada no bairro Al Salam, em Al Arish, capital da província do Norte do Sinai.
Em sua primeira reação após o ocorrido, Al Sisi ordenou ontem à noite que as forças de segurança perseguissem os terroristas e destruíssem suas fortificações.
O grupo radical egípcio Wilayat Sina, antes conhecido como Ansar Beit al Maqdis, e que jurou lealdade aos jihadistas do Estado Islâmico, assumiu a autoria das ações nesta madrugada em sua conta no Twitter.
Em 24 de outubro, pelo menos 31 soldados morreram em um ataque armado perto da fronteira com Gaza, na pior ação contra o exército nessa zona nos últimos anos.
Após o ataque, Al Sisi decretou estado de exceção em parte da península e as autoridades começaram a demolição dos imóveis da cidade de Rafah situadas perto da fronteira com Gaza, para evitar a chegada de armas e de combatentes através de túneis subterrâneos. EFE
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