Presidente francês será questionado por novos ataques meses após Charlie Hebdo
Na noite desta sexta-feira (13), ocorreram em Paris uma série de atentados que já possuem como resultado um número estimado de mais de 40 mortos e de 100 reféns. Tudo começou durante uma partida entre a França e a Alemanha no Stade de France, onde os torcedores permaneceram concentrados mesmo após o fim da partida.
Por precaução, o presidente François Hollande, que acompanhava a partida, foi evacuado do local. Entretanto, segundo o correspondente da Jovem Pan em Londres Ulisses Neto, os problemas estão muito longe de acabarem para o chefe de Estado francês. Isso, porque, no último mês de janeiro, o massacre na redação do jornal satírico Charlie Hebdo e levou apenas meses para que o país vivenciasse outro atentado terrorista.
“Quando as investigações [do massacre do Charlie Hebdo] começaram, se descobriu que os irmãos que atacaram o jornal satírico já estavam na lista da inteligência francesa e que eles já tinha tido problemas com a Justiça. O questionamento na época foi o que estavam fazendo na agência de espionagem francesa, a agência de segurança nacional da França, que não conseguiu antever esse atentado. Essa pergunta vai ser feita do mesmo jeito hoje”, destaca Ulisses Neto.
“O que a França fez depois dos atentados do Charlie Hebdo para evitar que essa situação não se repetisse? Aparentemente, não foi suficiente, porque o que a gente está vendo hoje é bem pior do que a gente estava vendo no começo do ano. Então o presidente vai ter que responder por isso”, acrescenta o repórter.
Ainda falando sobre o que poderia ter sido feito para evitar os ataques, Ulisses destaca a postura do governo britânico em relação aos imigrantes que estão chegando ao país: “muitas escutas telefônicas, trabalho de espionagem bastante forte e que gera bastante questionamento sobre a liberdade do cidadão, de ter seu direito a privacidade e tudo o mais. Mas o fato é que Londres não sofreu nenhum atentado até agora. Então, pelo menos aqui na Inglaterra, foram evitados esses atos de terrorismo. Na França, em um espaço curto de meses, foram dois incidentes até agora”.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.