Presidente indonésio ordena executar cinco réus e afundar embarcações ilegais

  • Por Agencia EFE
  • 04/12/2014 12h09
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Bangcoc, 4 dez (EFE).- O presidente da Indonésia, Joko Widodo, determinou nesta quinta-feira a execução neste mês de cinco réus condenados à morte por delitos de narcotráfico, e ordenou que três navios estrangeiros que foram apreendidos quando trabalhavam ilegalmente em águas nacionais fossem afundados.

O ministro de Assuntos de Política, Justiça e Segurança, Tedjo Edny Purdijatno, declarou à imprensa na saída de uma reunião com Widodo que tinha recebido a ordem de realizar as execuções neste mês, segundo o jornal “Jakarta Post”.

A Indonésia não aplica uma pena capital, que é realizada pelo pelotão de fuzilamento, desde novembro do ano passado, quando um traficante paquistanês foi executado.

O novo procurador-geral do país, HM Prasetyo, anunciou recentemente que estavam marcadas 20 execuções em 2015, a maioria sentenças relacionadas ao tráfico de drogas.

O ministro indonésio anunciou que o chefe de Estado também ordenou que três pesqueiros estrangeiros que trabalharam ilegalmente em águas indonésias fossem afundados neste sábado.

Segundo Tedjo, Widodo disse que era preciso ser firmes com os pescadores de outros países que competem com os nacionais e causam perdas anuais para a Indonésia de US$ 24,27 bilhões.

A Indonésia é um arquipélago de mais de 17 mil ilhas, um território muito difícil de controlar.

O Ministério de Assuntos Marítimos e Pesca apreendeu em novembro cinco embarcações pesqueiras tailandesas e uma vietnamita e 163 embarcações menores por trabalhar ilegalmente no país.

Widodo, que entrou na política em 2005 e não tem passado militar nem ligação com a elite, ganhou as eleições presidenciais deste ano com uma agenda reformista graças à grande popularidade que alcançou como prefeito da cidade de Jolo, em Java, e depois como governador de Jacarta.

Como político, tem um estilo próximo ao povo, eficiente e sem manchas de corrupção, mas precisará governar durante seu mandato de cinco anos com minoria no parlamento. EFE

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