Presidente nigeriano pede que cidadãos “não se desesperem” diante de terror
Lagos, 29 nov (EFE).- O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, pediu que seus cidadãos “permaneçam unidos e não se desesperem em um momento em que a nação está sendo colocada à prova”, após viver ontem um de seus piores atentados recentes contra uma mesquita, que deixou dezenas de pessoas mortas.
Jonathan, através de um comunicado divulgado pela presidência nigeriana ontem à noite, enviou suas condolências à cidade e ao governo do estado de Kano após o “ataque atroz” contra a Mesquita Central.
Sem precisar o número de vítimas – que a polícia estimou em 35 e várias testemunhas cifraram em pelo menos uma centena, o líder nigeriano deus os pêsames “a todas as famílias que perderam seus entes queridos” no atentado, cuja autoria é atribuída ao grupo terrorista Boko Haram, embora ainda não tenha sido reivindicada.
“O presidente acredita que nenhum ato terrorista contra os cidadãos impedirá que o espírito nigeriano continue sendo positivo, resoluto e unido em busca de paz e segurança duradouras no país”, afirmou o comunicado.
Jonathan, que até poucos dias afirmava que as negociações com Boko Haram para conseguir um cessar-fogo e libertar as mais de 200 meninas sequestradas em abril, reiterou a determinação do governo de pôr fim a todos os atos terroristas.
“O presidente Jonathan pede a todos os nigerianos que não se desesperem neste momento, uma grande prova para a história de nossa nação, e que permaneçam unidos para enfrentar o inimigo comum”, continuou o texto presidencial.
O líder ordenou a abertura de uma “investigação de grande escala para que todos os agentes do terror que atentam contra o direito de todo cidadão à vida e a dignidade, sejam capturados e levados a justiça”.
As explosões registradas na tarde de ontem no interior da Mesquita Central de Kano deixaram pelo menos 35 mortos e 150 feridos.
As bombas explodiram logo antes de o imã chefe da mesquita começar as orações.
O emir, que estava na Meca no momento das explosões, e é uma das personalidades mais influentes da Nigéria, tinha pedido recentemente seus fiéis para se defenderem contra Boko Haram.
Kano foi com frequência vítima dos ataques de Boko Haram. O último ataque foi dia 14, quando um suicida atentou contra um posto de gasolina, matando seis pessoas. EFE
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