Presidente Santos diz que acusações de Uribe foram “cortina de fumaça”

  • Por Agencia EFE
  • 31/05/2014 19h15

Bogotá, 31 mai (EFE).- O presidente e candidato à reeleição na Colômbia, Juan Manuel Santos, disse neste sábado que as acusações de seu antecessor, Álvaro Uribe, sobre a suposta entrada de dinheiro ilegal para sua campanha em 2010 foram uma “cortina de fumaça” para tapar o escândalo de espionagem que envolve seu rival, Óscar Iván Zuluaga.

Uribe, ex-presidente e senador eleito, é o líder do movimento Centro Democrático, cujo candidato à presidência é Zuluaga, que disputará a presidência com Santos no segundo turno marcado para dia 15 de junho.

Durante um ato em Cali (sudoeste), Santos disse que acusação feita pelo ex-presidente Uribe (2002-2010) foi “temerária, falsa, que fez para pôr uma cortina de fumaça sobre uma ação da Procuradoria, na qual descobriu que estavam contratando delinquentes para penetrar em uma campanha presidencial e penetrar nos negociadores (de paz)”.

Uribe, que compareceu ontem perante a Procuradoria (Ministério Público), admitiu que não tem provas diretas contra Santos, mas disse que sim as tem contra membros de sua campanha de 2010.

Santos insistiu que as acusações de Uribe eram falsas e “não tinham nenhum sustento”, o que, segundo sua opinião, “gerou ao país um tremendo prejuízo porque isso deu a volta ao mundo”.

Em 8 de maio, Uribe disse ter informações de que a campanha de Santos de 2010 tinha arrecadado dinheiro ilegal e sugeriu que o autor dessa manobra foi o ex-assessor de propaganda do hoje presidente, o publicitário venezuelano Juan José Rendón.

Segundo versões de imprensa, o narcotraficante Javier Antonio Rua Serna, preso nos Estados Unidos, relatou que em 2011 deu US$ 12 milhões a Rendón para o governo de Santos em um plano de entrega à Justiça de um grupo de mafiosos.

A versão divulgada por Uribe indicava que Rondón tinha fornecido US$ 2 milhões para saldar dívidas da campanha de Santos em 2010 e sugeriu que esse dinheiro podia ser produto do suposto pagamento dos narcotraficantes ao publicitário. EFE

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