Presidente taiuanês classifica como “marco histórico” reunião com a China
Taipé, 13 fev (EFE).- O presidente taiuanês, Ma Ying-jeou, qualificou nesta quinta-feira de “marco histórico” o primeiro encontro oficial entre os encarregados governamentais dos laços bilaterais em Taiwan e China, realizado na terça-feira.
“Estas reuniões são as primeiras de seu tipo nos 65 anos desde que as duas partes do estreito de Formosa se separaram e são um importante marco no caminho de paz e prosperidade”, disse Ma durante um encontro com o ex-comandante americano do Comando do Pacífico Robert Willard.
O ministro taiuanês do Conselho de Assuntos da China Continental, Wang Yu-chi, se reuniu na terça-feira em Nankin com seu colega chinês, Zhang Zhijun, chefe do Escritório de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado chinês, no primeiro encontro formal entre chefes de organismos governamentais de ambas as partes.
Ma assegurou que as relações entre Taiwan e China melhoraram sensivelmente desde que ele assumiu o poder em maio de 2008, como prova a grande quantidade de acordos assinados, os mais de cem voos diários entre ambas as partes, os mais de 24 mil estudantes chineses na ilha e os mais de dois milhões de turistas chineses anuais.
“Os contatos entre os jovens de ambas as partes favorecem a paz sustentável no estreito de Formosa”, assinalou.
Até terça-feira, os Governos de Taiwan e China tinham mantido contatos e negociado através de organismos não oficiais criados no começo da década de 1990: a Fundação Intercâmbios do Estreito de Taiwan e a chinesa Associação para as Relações através do Estreito de Taiwan.
EUA e União Europeia, entre outros países, reagiram positivamente a este primeiro encontro governamental entre Taiwan e China, que ainda mantêm uma disputa de soberania e uma paz armada no estreito de Formosa.
Os laços entre Taiwan e China, que passaram por momentos de grande tensão na década de 1950 e 1960 e durante a Presidência do independentista Chen Shui-bian (2000-2008), entraram em uma época de distensão e estreitamento de laços civis e econômicos com a alta ao poder de Ma.
Ma Ying-jeou, do Partido Kuomintang, não se opõe a uma futura união com a China “em democracia, liberdade e prosperidade”, embora também exija que os taiuaneses decidam seu futuro sem pressões nem ameaças bélicas. EFE
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