Presidente taiuanês quer consolidar laços com a China antes de fim de mandato
Taipé, 18 mai (EFE).- O presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, que acaba de completar sete anos no poder e não pode ser mais reeleito, fez nesta segunda-feira um apelo à oposição para que aceite as bases de sua política em relação à China, e por sua vez pediu a Pequim que não bloqueie os avanços.
Ma, em entrevista coletiva, pediu à oposição realismo em sua política em relação à China e que aceitem o chamado “Consenso de 1992” (“uma China com diferentes definições”), pelo qual a ilha conseguiu retomar suas negociações com Pequim e acertou uma trégua tácita na luta por aliados diplomáticos.
Com o ataque nas pesquisas da candidata presidencial opositora, Tsai Ing-wen, presidente do independentista Partido Democrata Progressista (PDP), para as eleições presidenciais e legislativas de 2016, Ma pediu à oposição taiuanesa continuidade na política local em relação à China.
O presidente justificou este realismo falando que a China “fica muito perto e não é possível não ter laços com ela”, porque “não é possível ignorar sua importância, embora devam se minimizar os riscos”.
Ma, que termina seu mandato no dia 20 de maio de 2016, quer estreitar ainda mais os laços pragmáticos com a China antes de deixar a presidência e duas de suas metas são intercambiar escritórios representativos e carimbar um acordo de comércio em bens.
No entanto, segundo Ma, a China teme que Taiwan utilize a troca de escritórios representativos “com outras intenções”, concretamente independentistas, mas para o líder só se responde de modo realista a uma necessidade derivada de tão intensas relações.
O líder taiuanês pediu a Pequim para que seja pragmática com a ilha e que, “sem reconhecer os governos, que se reconheça sua autoridade”, para avançar assim na negociação da troca de escritórios e acordos comerciais.
“Apoiar o status quo é o estipulado”, sentenciou Ma sobre a política taiuanesa em relação à China. EFE
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