Presidentes do Deutsche Bank renunciam por críticas de acionistas
Berlim, 7 jun (EFE).- Os copresidentes do Deutsche Bank, Jürgen Fitschen e Anshu Jain, anunciaram neste domingo sua renúncia da maior entidade bancária da Alemanha, imersa em diversos processos judiciais e escândalos, e após não conseguir convencer os acionistas na junta geral do mês passado.
Jain deixará seu cargo no próximo dia 30 de junho e será substituído por John Cryan, de 54 anos, que após a saída de Fitschen, prevista para depois da junta geral de acionistas em maio de 2016, assumirá o comando sozinho, segundo confirmou a própria entidade em Frankfurt.
A decisão foi tomada hoje durante uma sessão extraordinária do Conselho de Supervisão.
Cryan, diretor financeiro do banco suíço UBS entre 2008 e 2011, é desde 2013 membro do Conselho de Supervisão do Deutsche Bank, preside o Comitê de Auditoria e faz parte do Comitê de Riscos.
Assim que assumir a copresidência da entidade, o britânico Cryan abandonará seu mandato no Conselho de Supervisão, que pediu a Jain, de 52 anos, que continue até janeiro de 2016 como assessor do banco.
Jain e Fitschen, cujos contratos expiravam no final de março de 2017, decidiram por iniciativa própria renunciar a seus cargos, segundo a entidade.
O presidente do Conselho de Supervisão, Paul Achleitner, lhes agradeceu e ressaltou que “sua decisão de abandonar o cargo antes do previsto demonstra de forma generosa sua postura de antepor os interesses do banco aos seus próprios”.
O Deutsche Bank enfrenta atualmente escândalos pela manipulação de taxas de juros de referência, por fraude fiscal ao sonegar a declaração do IVA na negociação de certificados de direitos de emissão de CO2, processos nos Estados Unidos por alguns créditos hipotecários e o litígio jurídico contra os herdeiros do ex-magnata dos meios de comunicação, Leo Kirch. EFE
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