Primeira-dama do Peru vê “fundo político” em denúncia por lavagem de dinheiro
Lima, 5 fev (EFE).- A primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, afirmou nesta quinta-feira que existe um “fundo político” na denúncia apresentada contra ela que motivou uma investigação preliminar da procuradoria em um caso de lavagem de dinheiro.
“Considero que há um fundo político na denúncia, acho que o Ministério Público tem que vê-la e avaliar com meu expediente anterior se existe alguma prova nova apresentada”, declarou Heredia hoje aos jornalistas.
O procurador-geral interino do Peru, Pablo Sánchez, confirmou na segunda-feira passada que um procurador abriu uma investigação preliminar por uma denúncia de lavagem de dinheiro contra Heredia e seu irmão Ilan.
O jornal “Correo” informou no domingo que a Primeira Procuradoria, a cargo do procurador Ricardo Rojas León, abriu a investigação durante um prazo de 180 dias por uma suposta transferência de poderes para conduzir uma conta bancária de Heredia, assim como depósitos de dinheiro feitos entre 2006 e 2008.
A esposa do presidente Ollanta Humala afirmou hoje que a denúncia se baseia em documentos que a Unidade de Inteligência Financeira (UIF) entregou em 2009 à imprensa com os movimentos bancários de uma de suas contas em um banco local.
“A partir daí começou uma investigação fiscal e, por isso, o chefe da UIF do governo de Alan García (2006-2011) foi denunciado por vazá-los e por violação do segredo profissional”, declarou.
Heredia assegurou que o relatório da UIF “que dizem que é conclusivo, na realidade não é”.
“Todos esses montantes foram minhas remunerações, têm contratos como sustento, recibos por honorários, constâncias de trabalho, relatórios de trabalho… por isso o procurador arquivou o caso”, explicou.
A primeira-dama considera que “não tem porquê se reabrir o caso a menos que houvesse uma prova nova”, embora tenha ressaltado que “de todas formas (o caso) está nas mãos do Ministério Público” e, por essa razão, contratou um advogado.
Heredia também criticou o início de uma investigação preliminar por seus supostos vínculos com uma empresa privada que é ligado ao empresário Martín Belaúnde Lossio, ex-assessor de Humala na campanha presidencial de 2006 e que atualmente se encontra em prisão domiciliar na Bolívia.
A primeira-dama alegou que esta denúncia “tem como sustento uma reportagem” de um programa jornalístico, no qual se supõe que, como Belaúnde Lossio foi chefe de campanha de Humala em 2006, ela estaria vinculada ao caso. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.