Primeira enfermeira com ebola nos EUA chega ao centro clínico de Maryland

  • Por Agencia EFE
  • 17/10/2014 02h15
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Washington, 16 out (EFE).- A primeira enfermeira contagiada pelo ebola nos Estados Unidos, Nina Pham, deu entrada na noite desta quinta-feira (data local) no centro clínico da rede de Institutos Nacionais de Saúde (NIH), em Bethesda (Maryland), próxima ao centro de Washington.

Nina, de 26 anos, estava sendo tratada até o momento no Hospital Presbiteriano de Dallas (Texas), onde pegou a doença ao atender o liberiano Thomas Eric Duncan, morto em decorrência do vírus no último dia 8.

O NIH, uma referência internacional em pesquisa médica, é uma das instituições dos EUA que lidera a resposta ao ebola junto ao Centro para o Controle de Doenças (CDC).

A enfermeira embarcou em um avião fretado em Dallas, aterrissando no aeroporto Frederick, em Maryland, de onde foi transportada de ambulância ao NIH.

O centro clínico do NIH é uma das quatro unidades especiais de biocontenção americanas, mas conta com apenas dois leitos. Há preocupação com a capacidade desses locais conforme o aumento do número de infectados no país.

A segunda enfermeira contagiada, Amber Joy Winson, de 29 anos, foi transferida na quarta-feira de Dallas para o Hospital Universitário Emory (Atlanta), que curou com sucesso em agosto dois americanos repatriados após contrair o ebola no leste da África.

Essas mudanças ocorreram porque o Hospital Presbiteriano de Dallas tem 75 profissionais de saúde em observação por terem atendido Duncan. O centro quer tempo para se recuperar da crise e “se preparar para o que possa ocorrer depois”, disse um porta-voz em comunicado.

Nina se encontra “em um bom estado” apesar da gravidade da doença, segundo o hospital texano, e recebeu uma calorosa despedida de seus companheiros antes de entrar na ambulância que a levou ao aeroporto.

A família da jovem enfermeira também viajará para Maryland, mas em outro avião, explicou o pai de Nina à rede de televisão “CBS”.

Não se sabe ainda como as duas mulheres pegaram a doença. Por isso, os profissionais de saúde sob vigilância foram proibidos de frequentarem espaços e transportes públicos.

O presidente americano, Barack Obama, anunciou que estuda nomear uma pessoa para liderar a resposta do país ao ebola, uma espécie de “czar” da doença. No entanto, descartou proibir voos com origem nos países afetados, como queriam membros do Partido Republicano.

A epidemia, que afeta sobretudo a Libéria, Serra Leoa e Guiné, já infectou 8.914 pessoas, causando 4.447 mortes, segundo os últimos dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). EFE

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