Primeira manifestação no período da Copa deixa 7 feridos em São Paulo

  • Por Agencia EFE
  • 12/06/2014 14h30
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São Paulo, 12 jun (EFE).- Pelo menos sete pessoas, entre elas dois jornalistas da “CNN”, ficaram feridas nos enfrentamentos registrados nesta quinta-feira em São Paulo entre a polícia e os manifestantes que se opõem à Copa, que começa hoje.

Os manifestantes saíram cedo para as ruas da capital paulistana brasileira, umas seis horas antes do partido inaugural do Mundial entre Brasil e Croácia, mas foram reprimidos pela polícia quando tentaram bloquear uma importante via.

Foi a primeira dos protestos que se esperam para hoje em várias cidades do país em coincidência com o começo do Mundial.

Em um primeiro confronto, cerca de 150 homens da Tropa de Choque da Polícia Militar do estado de São Paulo dispersaram com gás lacrimogêneo e bombas de efeitos a um grupo de 200 manifestantes que tentava bloquear a avenida Radial leste, a principal via de acesso ao Arena Corinthians, o estádio de São Paulo onde se jogará a primeiro dos 64 partidos do Mundial.

A polícia deteve um dos participantes do protesto que tentou frear a manifestação dos policiais que, em fila, avançavam com escudos rumo aos manifestantes, que se concentraram inicialmente frente à estação Carrão do metrô, na zona leste de São Paulo, a onde foram convocados pelas redes sociais.

Nesse primeiro incidente ficaram feridas duas jornalistas de “CNN”.

A produtora da rede de televisão americana em São Paulo, Barbara Arvanitidis, de nacionalidade canadense, foi ferida em um braço embora sem gravidade. E a correspondente da “CNN”, Shasta Darlington, também sofreu arranhões como consequência de uma queda durante a confusão.

Algumas das pessoas que se dispersaram foram para a estação de Tatuapé do metrô, a poucas ruas e onde um grupo de empregados do metrô de São Paulo estava concentrado em uma manifestação contra a demissão de 42 trabalhadores da empresa.

Os empregados do metrô, que chegaram a ameaçar com uma paralisação no dia inaugural do Mundial e finalmente desistiram, convocaram para diferentes protestos para exigir que a companhia readmita os demitidos.

A manifestação dos empregados do metrô foi reforçada por vários jovens, vários deles encapuzados e vestidos de preto, que fazem parte do Black Bloc, um grupo que defende o uso da violência nas manifestações.

Desde o novo ponto de concentração dos manifestantes um grupo tentou novamente avançar para a Radial leste, e a polícia voltou a reprimir os participantes do protesto com gás lacrimogêneo, balas de borracha e spray de pimenta.

Os enfrentamentos envolveram um pequeno grupo mais radical, que acendeu fogueiras nas lixeiras e protagonizou atos de vandalismo, já que os trabalhadores do metrô e manifestantes de outros grupos preferiram desistir do protesto.

Os manifestantes foram totalmente dispersados e por volta do meio-dia, quando vários torcedores já começavam a se deslocar em metrô ou a pé rumo à Arena Corinthians. EFE

cm/tr

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