Primeira-ministra da Dinamarca convoca eleições antecipadas para 18 de junho
Copenhague, 27 mai (EFE).- A primeira-ministra dinamarquesa, a social-democrata Helle Thorning-Schmidt, anunciou nesta quarta-feira a convocação de eleições gerais antecipadas na Dinamarca para 18 de junho, três meses antes da data limite.
Thorning-Schmidt justificou a antecipação do pleito porque considera que é o momento “adequado” para que os dinamarqueses elejam entre manter o curso marcado pelo governo em um momento de recuperação econômica ou os “experimentos” da oposição.
A primeira chefe de governo na história da Dinamarca assegurou que este país nórdico saiu da crise após um ano e meio de crescimento e da redução do desemprego.
“Se os dinamarqueses me elegerem, seguirei esse caminho”, assegurou em um comparecimento perante a imprensa a atual primeira-ministra, que disse que o assunto central do pleito será “como assegurar que a Dinamarca continue tendo progresso e prosperidade sem pôr em risco nosso sistema de bem-estar”.
Frente ao congelamento do gasto público e a redução dos impostos defendida pela oposição de centro-direita, a líder social-democrata defendeu um programa de crescimento da despesa apresentado já ontem e que representa um modesto aumento anual de 0,6%.
O anúncio das eleições antecipadas era esperado há vários dias depois que o governo apresentou vários programas de reformas e de investimentos e de melhora nas últimas pesquisas, que reduziram a distância entre ambos blocos para entre quatro e oito pontos percentuais.
Desde que chegou ao poder em 2011, o bloco de centro-esquerda esteve atrás nas enquetes, que chegaram a situá-lo a cerca de vinte pontos da oposição e colocaram o Partida Social-Democrata, a força que dominou a política dinamarquesa no último século, em mínimos históricos.
Thorning-Schmidt viveu um mandato conturbado, com duras críticas desde o movimento sindical por ter realizado a reforma para reduzir o desemprego e outras ajudas sociais impulsionada pelo anterior governo.
A líder social-democrata conservou o apoio externo da Lista Unitária, determinante para um governo em minoria, apesar de pactuar orçamentos e várias reformas com a centro -direita.
A situação de precariedade do governo aumentou em janeiro do ano passado após a saída da coalizão dos socialistas, em protesto pela entrada como acionista minoritário do banco americano Goldman Sachs a estatal DONG Energy.
Mas Thorning-Schmidt conseguiu manter viva sua coalizão com os social liberais e se beneficiou nos últimos meses do crescente apoio popular a sua figura, após os atentados de suposta inspiração islamita de fevereiro em Copenhague. EFE
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