Primeira-ministra da Tailândia defende sua inocência diante de tribunal
Bangcoc, 6 mai (EFE).- A primeira-ministra interina da Tailândia, Yingluck Shinawatra, compareceu nesta terça-feira ao Tribunal Constitucional para defender sua inocência da acusação de abuso de poder, em um julgamento que terá sua decisão amanhã.
“Nego as acusações. Não violei nenhuma lei. Não recebi benefício algum pela nomeação (de Priewphan Damapong, chefe do Conselho Nacional de Segurança)”, declarou a governante, segundo o jornal local “The Nation”.
Yingluck aprovou a substituição de Thawil Pliensri por Priewpahan à frente do Conselho Nacional de Segurança. Priewpahan é irmão de Pojaman, ex-mulher de Thaksin Shinawatra, antigo governante do país e irmão da atual primeira-ministra.
Yingluck insistiu que a remodelação foi para o bem da Tailândia e não da família Shinawatra, e lembrou que Thaksin está divorciado.
O senador tailandês Paiboon Nititawan processou a chefe do Executivo pela substituição de Thawil, que qualificou como ilegal e injusta.
O Tribunal Constitucional pronunciará amanhã sua decisão neste julgamento, que, no caso de uma condenação, poderá destituir a primeira-ministra de seu cargo.
Yingluck está envolvida em vários processos apresentados pela oposição para tentar derrubar seu governo, além de manifestações nas ruas que vêm acontecendo desde outubro do ano passado.
A Tailândia vive uma grave crise política desde o golpe de Estado militar que derrubou Thaksin em 2006. EFE
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