Primeira usina nuclear japonesa a ser reativada passa em teste de segurança
Tóquio, 27 mai (EFE).- A usina nuclear de Sendai, a primeira que o Japão reativará em virtude da nova legislação aprovada após o acidente de Fukushima, superou nesta quarta-feira a última revisão de segurança antes dos procedimentos prévios para ligar os reatores.
A Autoridade de Regulação Nuclear (NRA) do Japão deu o sinal verde para dita comprovação à empresa operadora da usina, Kyushu Electric Power, por isso que só resta que os inspetores do organismo realizem uma revisão antes das operações nas instalações antes que a empresa ligue as duas unidades de fissão da usina.
O objetivo é reativar o reator 1 no final de julho, embora aparentemente os preparativos para dita inspeção antes das operações estão atrasados, o que poderia prorrogar o ligamento em algumas semanas, segundo informou a agência “Kyodo”.
Por outro lado, a ideia é que o segundo reator de Sendai, situado na Prefeitura de Kaogoshima (sul de Kyushu), volte a operar no mês de setembro.
Por causa do acidente de Fukushima, provocado pelo terremoto e tsunami de 11 de março de 2011, os 43 reatores nucleares em condições operativas que o Japão possui estão atualmente desativados para se ajustar a uma nova legislação de segurança mais estrita imposta pela NRA.
Deste modo, Sendai pode ser a primeira central a funcionar de novo no Japão desde setembro de 2013.
O governo do primeiro-ministro Shinzo Abe impulsionou a reativação das usinas nucleares argumentando que o uso de energia atômica -da qual Japão obtinha um terço da eletricidade antes do acidente- é necessária para potencializar o crescimento econômico e não encarecer a fatura energética.
No entanto, as enquetes mostram que a maioria dos japoneses é contra a reativação de usinas por causa do desastre em Fukushima.
O acidente na usina de Fukushima Daiichi foi o pior desde o de Chernobyl (Ucrânia) em 1986, e suas emissões e vazamentos radioativos ainda mantêm evacuadas cerca de 70 mil pessoas que viviam em torno da central e afetaram gravemente a agricultura, a pesca e a pecuária local. EFE
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