Primeiro-ministro da Armênia apresenta sua renúncia
Yerevan, 3 abr (EFE).- O primeiro-ministro armênio, Tigran Sarkisian, renunciou nesta quinta-feira a seu cargo, uma decisão que que foi aceita pelo governante Partido Republicano da Armênia, anunciou Eduard Sharmazanov, vice-presidente do Parlamento.
“É uma decisão pessoal. Há um mês já tinha se dirigido ao presidente com essa proposta, mas em vista do processo de entrada na União Aduaneira, este lhe pediu que esperasse”, disse Sharmaznov, citado pelas agências locais.
Na ocasião, Sarkisian já havia explicado que sua renúncia era “uma decisão muito ponderada” e que ele e o presidente, Serge Sargsian, tinham decidido adiá-la até que o Tribunal Constitucional desse sua opinião sobre o controvertido plano de previdência.
O Constitucional armênio declarou ontem sem vigor a lei sobre pensões acumulativas por considerar anticonstitucional várias de suas cláusulas.
No entanto, Sarkisian assegurou que a lei que foi introduzida no último dia 1º de janeiro seguirá em vigor até 30 de setembro, anunciou a criação de um grupo de trabalho para redigir um novo documento e, aos ativistas que a criticam, pediu diálogo.
Sarkisian tinha sido muito criticado nas últimas semanas por introduzir um novo sistema acumulativo de pensões, que provocou várias protestos na capital deste país do Cáucaso, que vive das remessas de sua nutrida diáspora.
Segundo esse sistema, os trabalhadores nascidos a partir de 1974 devem ceder 5% de seu salário mensal para esse plano de pensões, enquanto o Estado fornece outro 5%.
Os críticos do novo plano de previdência consideram que ceder parte do salário ao Estado é muito arriscado, já que não há garantia que o pensionista vá desfrutar desse dinheiro após a aposentadoria.
Sarkisian, primeiro-ministro desde abril de 2008 e braço direito do presidente, defende o ingresso na União Aduaneira liderada pela Rússia em vez de assinar um acordo de associação com a União Europeia. EFE
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