Primeiro-ministro da Romênia ganha confiança do Parlamento a nova coalizão
Bucareste, 4 mar (EFE).- O primeiro-ministro da Romênia, o social-democrata Victor Ponta, alcançou nesta terça-feira a confiança do Parlamento a sua nova coalizão de governo, estipulada depois que os liberais abandonaram o Executivo há uma semana por diferenças políticas.
“Desejo que o governo comece a trabalhar a partir de amanhã mesmo”, afirmou Ponta após obter 346 votos a favor e 192 contra em um ato conjunto das duas câmaras parlamentares.
A saída dos liberais do governo de coalizão com social-democratas e conservadores obrigou Ponta a recompor o gabinete e buscar o apoio de outras duas formações minoritárias para conseguir uma grande maioria parlamentar.
A nova coalizão é integrada pelos social-democratas, a minoria húngara, outro partido progressista menor e os conservadores, além de contar com apoios pontuais de representantes de outras minorias.
A nova equipe de governo chama atenção pela juventude de seus membros, como a ministra de Finanças, Ioana Petrescu, de 34 anos, ou a campeã olímpica de 5.000 metros em Sydney, Gabriela Szabo, de 38 anos, que ocupará a pasta de Esportes.
O Partido Nacional Liberal (PNL), até a semana passada no Executivo, e o Partido Democrata Liberal (PDL), do presidente de centro-direita Traian Basescu, votaram contra do novo gabinete. Horas antes da votação, Basescu ameaçou impugnar a decisão do Parlamento perante o Tribunal Constitucional, alegando que Ponta devia apresentar um novo programa de governo.
Por sua vez, o líder do PNL, Crin Antonescu, qualificou o gabinete de “ilegítimo do ponto de vista eleitoral e político”, embora reconheça a legalidade do voto de confiança.
O novo governo – o terceiro consecutivo de Ponta desde 2012 – continuará com o objetivo de reduzir o déficit público e aplicar um programa de privatizações, exigências do Fundo Monetário Internacional em troca de uma linha de crédito de 4 bilhões de euros.
A Romênia, que é o segundo país mais pobre da União Europeia depois da Bulgária, e tem um salário mínimo de 180 euros (cerca de R$578), está imersa em uma crise econômica, embora neste ano esteja prevista que a economia cresça acima de 2%. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.