Primeiro-ministro do Iraque diz que exército está recuperando territórios

  • Por Agencia EFE
  • 13/06/2014 16h51

Bagdá, 13 jun (EFE).- O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, afirmou nesta sexta-feira que as Forças Armadas “recuperaram a iniciativa” e começaram seu trabalho para “limpar” as cidades dos insurgentes, liderados pelo jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).

al-Maliki acrescentou em comunicado emitido pela TV oficial iraquiana que o exército está “unido” e preparado para acabar com os “terroristas” e devolver à população suas cidades. Ele elogiou o máximo clérigo xiita iraquiano, aiatolá Ali al-Sistani, por chamar os cidadãos a aderirem como voluntários às Forças Armadas.

“O Iraque está passando por um giro perigoso e por uma conspiração grande contra sua existência para transformá-lo em uma base do ódio e do terrorismo”, acrescentou.

Em contrapartida, o porta-voz das Forças Armadas iraquianas, general Qasem Ata, disse em entrevista à televisão oficial que sua equipe está preparando uma operação especial para “limpar várias regiões da influência do EIIL”. Segundo ele, o exército “já determinou a hora zero” para lançar essa operação, embora ainda não tenha anunciado.

O membro da Comissão de Defesa e Segurança no parlamento iraquiano, Amar Taama, revelou à Agência Efe que o exército iraquiano se prepara para lançar nos próximos dias uma guerra de guerrilhas para recuperar a cidade de Mossul (norte) dominada pelos insurgentes sunitas.

Enquanto isso, o Ministério de Interior iraquiano advertiu hoje que os agentes que desertarem serão castigados conforme as leis militares, que estipulam até a pena de morte para este tipo de delitos. A advertência aconteceu em resposta às chamadas dos insurgentes que pedem aos militares abandonem suas unidades e lutar.

Hoje, pelo menos, 33 pessoas morreram, a maioria membros do exército, por bombardeios aéreos contra duas mesquitas na província de Saladino, ao norte de Bagdá, onde estavam presas pelo EIIL para que expressassem arrependimento por pertencer às forças governamentais.

Na terça-feira passada, o EIIL, apoiado por combatentes tribais e outros grupos semelhantes, fez com o controle de Mossul, capital da província nortista de Ninawa, antes de estender pelos dias seguintes a ofensiva para às províncias de Saladino, Kirkuk e Diyala, em seu caminho rumo a Bagdá e os santuários xiitas de Karbala e Najaf. EFE

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