Primeiro-ministro do Iraque pede que parlamento declare estado de emergência

  • Por Agencia EFE
  • 10/06/2014 09h37
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Bagdá, 10 jun (EFE).- O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, pediu nesta terça-feira ao parlamento de seu país que declare o estado de emergência pelos avanços do jihadista Estado Islâmico do Iraque e o Levante (EIIL) em partes do país, segundo anunciou em uma declaração à nação.

“A gravidade da situação requer a adoção de medidas necessárias e urgentes, assim como acelerar o pedido ao parlamento para que enfrente suas responsabilidades e anuncie o estado de emergência e mobilização geral”, disse al-Maliki.

O primeiro-ministro reconheceu que o EIIL “se apropriou de instalações vitais”, especialmente na província de Ninawa e sua capital, Mossul, no norte do Iraque.

O presidente do parlamento, Osama al Nuyaifi, já havia alertado hoje que os jihadistas tomaram o controle de Ninawa e pretendem agora fazer o mesmo com a província de Salah ad-Din, ao norte de Bagdá.

“Mobilizaremos todos os nossos recursos financeiros, políticos e populares para recuperar as regiões que os terroristas controlaram”, disse em seu discurso al-Maliki, que instou às tribos do país a tomar as armas e lutar contra o EIIL.

O primeiro-ministro chamou também a comunidade internacional, especialmente a ONU, a Liga Árabe e a União Europeia a assumir suas responsabilidades, já que “todo o mundo sofrerá se o terrorismo se estender”.

O Executivo iraquiano, que criou uma sala de crise para acompanhar o conflito, pediu também aos países vizinhos que reforcem a precaução em suas fronteiras para impedir a entrada de terroristas.

Na última semana, o EIIL atacou as forças iraquianas e a população civil em várias partes do país.

Os partidos políticos curdos evacuaram hoje suas sedes de Mossul, enquanto o governo da região autônoma do Curdistão iraquiano se dispõe a ajudar aos milhares de deslocados.

Al-Maliki afirmou que todos os ministérios vão multiplicar seus esforços para aliviar a previsível onda de deslocados. EFE

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