Primeiro-ministro regional alemão é ameaçado de morte por acolher refugiados
Berlim, 13 abr (EFE).- O primeiro-ministro do estado federado alemão da Turíngia, Bodo Ramelow, denunciou nesta segunda-feira que recebeu três ameaças de morte perante o debate para abrir um centro de amparo de refugiados em um dos locais da região.
Em uma entrevista ao jornal “Thüringischen Landerszeitung”, Ramelow, do partido da Esquerda, explicou que as ameaças chegaram por e-mail, por carta e também através de sua página do Facebook.
O primeiro-ministro, que nas últimas semanas viaja em um carro oficial com a blindagem reforçada, recebeu, além disso, uma carta que continha um pó branco que, uma vez examinado pela polícia, ficou provado ser farinha.
Nestes momento há na Turíngia dois centros de amparo de refugiados, nas cidades de Eisenberg e Suhl, nos quais estão alojados 1,5 mil peticionários de asilo, e estuda-se criar um novo centro nas instalações de um antigo instituto de formação profissional em Gera-Liebschwitz, que poderia receber outros 200 estrangeiros.
As autoridades regionais analisam se o centro será aberto nessa cidade ou se existem melhores opções nas cidades de Rudolstadt ou Erfurt.
O caso de Ramelow se soma ao de outros políticos alemães ameaçados por grupos de extrema-direita, com o ex-prefeito da pequena cidade de Tröglitz Markus Nierth como principal expoente do assédio neonazista a quem defende a política de amparo de estrangeiros na Alemanha.
Nierth abandonou o cargo depois que foi convocada uma manifestação ultradireitista diante de seu domicílio particular e 4 de abril, um mês após sua renúncia, um incêndio provocado deixou inabilitado o novo albergue de asilados que ia receber 40 pessoas em Tröglitz. EFE
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