Primeiro-ministro tunisiano anuncia que apresentará renúncia hoje

  • Por Agencia EFE
  • 09/01/2014 12h45
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Túnis, 9 jan (EFE).- O primeiro-ministro tunisiano, Ali Laridi, anunciou nesta quinta-feira o “compromisso” de apresentar sua renúncia ao presidente do país, Moncef Marzouki, nas próximas horas.

Em declarações transmitidas pela TV após a reunião do Conselho de Segurança Nacional, o chefe do governo garantiu que dará esse passo, ao qual já havia se comprometido, uma vez que o país entrou “em uma nova etapa”.

Segundo Laridi, já foi designado um novo primeiro-ministro e o diálogo nacional entre os vários partidos políticos está em andamento.

O gabinete de comunicação da presidência tunisiana informou à Agência Efe que a cerimônia de renúncia vai acontecer no Palácio Presidencial de Cartago sem definir, no entanto, a hora, já que se espera que Laridi dê esse passo, uma vez que a Assembleia Nacional Constituinte (ANC) complete a composição da Instância Eleitoral Independiente, ISIE, que deverá supervisionar as próximas eleições presidenciais e legislativas.

No último dia 5 de outubro, a aliança governista dirigida pelo partido islamita Al-Nahda e a oposição tunisiana se comprometeram a escolher a um novo presidente do governo e a acelerar tanto a redação da Constituição quanto a preparação de eleições presidenciais e legislativas.

Como fruto do diálogo no qual ambas partes se embarcaram, em dezembro passado foi designado um primeiro-ministro de consenso, Mehdi Yumaa, que espera desde então a renúncia de Laridi.

Em suas declarações de hoje, Laridi anunciou também a anulação de novos impostos sobre os veículos agrícolas previstos na Lei de Finanças de 2014, que provocaram várias protestos nas principais cidades do país.

A ANC começou na sexta-feira passada a discutir e votar artigo por artigo o projeto da nova Constituição, com o objetivo de finalizar as votações no próximo dia 14, coincidindo com o terceiro aniversário da queda do regime do ditador Zine al-Abidine Ben Ali.

Uma vez estipulados todos os pontos, que exigem a maioria simples para sua aprovação, será submetido à votação o texto completo, que deverá contar com o apoio dos dois terços da câmara. EFE

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