Primeiro vice-presidente afegão sai ileso de ataque com 8 talibãs mortos

  • Por Agencia EFE
  • 21/08/2015 14h19

Cabul, 21 ago (EFE).- O primeiro vice-presidente do Afeganistão, o general Abdul Rashid Dustom, saiu ileso nesta sexta-feira de um ataque no qual pelo menos oito supostos insurgentes morreram no noroeste do país, onde o político e militar supervisiona há dias operações contra os talibãs, informou à Agência Efe uma fonte oficial.

O ataque aconteceu durante a manhã no distrito de Ghormach, na província de Faryab, quando Dustom retornava da região após comprovar o desenvolvimento das operações, disse o porta-voz provincial da Polícia, Sayed Masood Yaqubi.

“O vice-presidente e seus acompanhantes escaparam ilesos”, depois que o veículo no qual viajavam foi atingido por vários tiros, afirmou o porta-voz.

Yaqubi garantiu que pelo menos oito insurgentes faleceram, um deles de nacionalidade paquistanesa, e 13 foram detidos, após as forças de segurança que acompanhavam o político responderem ao ataque.

O incidente ocorreu depois que ontem Dustom afirmou que as tropas afegãs abateram um general da inteligência paquistanesa em um combate contra talibãs na província de Faryab, no meio de acusações de Cabul contra Islamabad de apoiar os insurgentes.

Dustom permaneceu no norte do país nas últimas semanas para coordenar as operações militares contra os talibãs.

Na semana passada, o governo afegão acusou diretamente Islamabad de patrocinar e, inclusive, estar por trás dos ataques talibãs em seu território.

Anteontem, o Afeganistão acusou o Paquistão de atacar com artilharia pesada desde a fronteira comum e matar oito policiais afegãos, além de ferir outras 11 pessoas, em um incidente sem precedentes nos últimos anos nessa zona.

O Paquistão veio patrocinando o diálogo iniciado em julho em seu território entre Afeganistão e os talibãs, um processo que ficou suspenso após o anúncio no final do mês passado da morte do fundador do movimento talibã, o mulá Omar.

O Afeganistão pediu ao Paquistão que fique fora desse processo. EFE

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