Príncipe Andrew se livra das acusações de abuso de menores nos EUA
Londres, 7 abr (EFE).- Um juiz americano decidiu não levar adiante as as acusações de abuso de menores que pesavam sobre o príncipe Andrew, terceiro filho da rainha Elizabeth II da Inglaterra.
O nome do duque de York, de 54 anos, aparecia na documentação de um caso mais amplo que envolve o banqueiro americano Jeffrey Epstein, amigo pessoal de Andrew, e condenado em 2008 a um ano e meio de prisão por prostituição de menores.
Em janeiro, Virgínia Roberts prestou depoimento em um tribunal da Flórida em que afirmou ter mantido relações sexuais com o príncipe quando ela ainda era menor de idade, entre 1999 e 2002.
O tempo todo o palácio de Buckingham negou “enfaticamente” qualquer envolvimento do príncipe no caso e qualificou as acusações da mulher como “categoricamente falsas”.
Roberts afirmou ter sido utilizada como “escrava sexual” por Epstein, que a teria obrigado, junto de dúzias de meninas, a manter relações sexuais com homens poderosos em troca de dinheiro quando ela tinha 17 anos.
A mulher, que divulgou uma foto que mostra o príncipe Andrew com a mão em torno de sua cintura, afirmou ter cobrado US$ 15 mil pelos encontros sexuais com o filho de Elizabeth II, quinto na linha de sucessão ao trono britânico.
O processo civil continua a correr em um tribunal americano, e já condenou o empresário, há sete anos, por pedofilia, crime que teria sido cometido em sua mansão em Palm Beach, em uma ilha privada no Caribe e emum rancho no Novo México.
A corte da Flórida deve decidir agora se permite que Roberts se some a uma batalha legal para tentar mudar o resultado do julgamento original contra Epstein.
O juiz Kenneth Marra, que não se pronunciou sobre a veracidade das acusações da mulher contra Andrew, considerou que os “detalhes escabrosos” relatados por Roberts são “desnecessários” para tomar uma decisão neste caso, e por isso se recusou a levar seu depoimento em conta. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.