Prisões de imigrantes ilegais caem a nível histórico no sul dos EUA
Washington, 29 jan (EFE).- O secretário do Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jeh Johnson, afirmou nesta quinta-feira que as detenções de imigrantes ilegais que tentaram atravessar a fronteira sul do país em 2014 caíram até seu ponto mais baixo desde a década de 1970.
“Estes números se explicam, sem dúvida, pelas condições econômicas nos EUA, no México e na América Central, mas também se deve ao grande investimento que fizemos em segurança fronteiriça nos últimos 15 anos”, ressaltou Johnson no Willson Center, um centro de estudos de Washington, onde o secretário avaliou a atividade de seu departamento em 2014 e expôs suas metas para 2015.
Johnson destacou que as detenções de imigrantes ilegais na fronteira sul diminuiu de maneira drástica desde seu ponto mais alto, no ano 2000, quando foram detidos 1,6 milhão de imigrantes, um número muito acima das 480.000 detenções realizadas durante 2014.
“Estamos dando passos para regular nosso sistema de imigração quebrado. Alguns dizem que devíamos ter esperado que o Congresso atuasse. Não esqueçamos que fizemos isso, durante anos, e que o Congresso não atuou”, ressaltou o titular de Segurança Nacional.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, segue pedindo ao Congresso que “termine o trabalho e aprove uma lei completa e bipartidária”, mas já emitiu ações executivas para aliviar a situação dos imigrantes ilegais, ressaltou o secretário.
Johnson também se referiu aos recentes ataques jihadistas de Paris e afirmou que hoje em dia “a ameaça do terrorismo é mais descentralizada, mais difusa e mais complexa” e que, por isso, “o policial a pé de rua deve ser tão vigilante quanto o analista de inteligência”.
“Al Qaeda já não constrói bombas em segredo, agora publica seus manuais de instruções”, acrescentou.
Após os atentados em Paris, o governo americano reforçou a segurança em edifícios governamentais e aeroportos, onde aumentou as revistas aleatórias a passageiros, assim como as inspeções das malas que entram na cabine do avião.
No que se refere à segurança cibernética, o secretário considerou que o país deve “seguir em frente” com novas normas para punir estes delitos e aumentar a segurança das instituições públicas e privadas.
Entre as medidas propostas pelo Executivo americano, Johnson destacou a troca de informação entre instituições e o aumento das sanções penais para os autores de crimes cibernéticos. EFE
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