Pró-russos tacham missão policial internacional de “intervenção armada”
Moscou, 1 ago (EFE).- Os insurgentes pró-Rússia tacharam nesta sexta-feira de “intervenção armada” o previsto desdobramento de uma missão policial internacional em torno do local da tragédia do avião malaio no leste da Ucrânia.
“Certamente, esta é uma situação degradante que não contribuirá para regular o conflito. Em resumo, é uma intervenção militar”, assegurou Andrei Purguin, vice-primeiro-ministro da autoproclamada república popular de Donetsk, à agência russa “Interfax”.
O separatista denunciou que “não se trata de dezenas, mas de milhares de policiais”.
“Segundo nossos dados, Kiev se dispõe a desdobrar no território da república popular de Donetsk policiais holandeses e australianos, mas não Polícia Civil, como se disse em um primeiro momento, mas (agentes) equipado com armas”, destacou.
O parlamento ucraniano ratificou ontem o acordo alcançado entre Ucrânia e Holanda para o desdobramento de uma missão policial que se encarregaria de garantir a segurança dos analistas que trabalham na zona em que foi derrubado o Boeing-777, com 298 pessoas a bordo.
O acordo estipula que a missão estará composta por não mais de 700 soldados armados da Holanda, Austrália e Malásia, e seu mandato concluirá assim que terminar a investigação da catástrofe aérea.
O pessoal poderá levar armamento e “recorrer à força em defesa própria e no cumprimento das atividades contempladas no acordo”, diz o documento.
Os integrantes dessa missão poderão se deslocar com liberdade na zona do desastre, mas terão que solicitar autorização às autoridades locais se desejarem se deslocar a outros lugares.
O primeiro-ministro malaio, Najib Razak, assegurou ontem durante sua visita à Holanda que um grupo de 68 policiais do país asiático chegou a Kiev para colaborar na investigação internacional.
Os analistas holandeses e australianos chegaram hoje à zona do acidente pelo segundo dia consecutivo através de um corredor seguro pactuado pelo Grupo de Contato (Ucrânia, Rússia e a OSCE).
Ontem, os legista quase não puderam inspecionar a zona, já que várias bombas caíram perto do lugar, o que os obrigou a abandoná-lo com destino a Donetsk, a capital regional. EFE
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