Proclamação do novo rei da Espanha não contará com convidados estrangeiros

  • Por Agencia EFE
  • 05/06/2014 10h37
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Madri, 5 jun (EFE).- A proclamação de Felipe de Bourbon como novo rei da Espanha, medida prevista desde a abdicação de Juan Carlos na última segunda-feira, não contará com a presença de convidados estrangeiros, anunciou nesta quinta-feira a Casa do Rei, que justificou tal decisão com o argumento de falta de tempo e espaço.

O ato vai acontecer no Congresso dos Deputados, em uma sessão solene das cortes gerais (Congresso e Senado), e será acompanhada de um desfile militar. No entanto, não haverá a realização de uma missa posterior, como ocorreu na entronização de Juan Carlos I em 1975.

Felipe VI, como o novo monarca será chamado após a proclamação, realizará seu discurso diante de deputados, senadores e representantes das altas instituições do Estado, já que, até o momento, não se sabe suas irmãs, as infantas Elena e Cristina, e seus pais, Juan Carlos e Sofía, participarão do ato.

De acordo com a Casa do Rei, os responsáveis pelo protocolo estudaram a cerimônia de proclamação do rei Juan Carlos, realizada em 1975, e também a de juramento do príncipe Felipe, em 1986, ano em que alcançou a maioridade.

Em um encontro informativo celebrado no Palácio da Zarzuela, um porta-voz da Casa do Rei informou que o futuro monarca Felipe VI e sua esposa Letizia terão os meses de julho e agosto para realizar “com intensidade” viagens de apresentação como os novos reis, tanto dentro da Espanha como em outros países.

Questionado sobre os destinos, a fonte explicou que os locais serão decididos após a proclamação, embora tenha mencionado que “faria sentido” que, entre os lugares, figurassem França, Marrocos e Portugal.

Em todo caso, está confirmada a participação dos novos reis nos atos comemorativos do centenário da Primeira Guerra Mundial, a serem realizados no próximo dia 4 de agosto na cidade belga de Liège.

O mesmo porta-voz considerou como “razoável” o fato de Juan Carlos de Bourbon, mesmo após sua abdicação, seguir desfrutando de proteção perante a lei – que não implica em imunidade, já que essa medida poderia ser revogada – e não se mostrou partidário que suas futuras funções sejam reguladas por um estatuto específico.

Neste aspecto, ele explicou que corresponderá ao novo rei Felipe VI atribuir as tarefas que serão desempenhadas por seu pai, tendo em vista que “talvez interesse” aproveitar sua vasta experiência como interlocutor junto a líderes internacionais. O novo rei espanhol também terá que decidir as tarefas de sua mãe, a atual rainha Sofía.

Antes de encerrar seu pronunciamento, o porta-voz fez questão de esclarecer que, após a coroação do príncipe Felipe, Juan Carlos não deseja manter nenhum titulo de nobreza e, por isso, não será reconhecido como Conde de Barcelona, título que ostentado por seu pai.

O tratamento dos atuais reis Juan Carlos e Sofía e as honras que deverão receber serão definidos em decreto.

Também não está decidido se a filha mais velha de Felipe de Bourbon, que como herdeira passará a ser a princesa das Astúrias, acompanhará seus pais em alguma das viagens previstas. EFE

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