Procurador-geral paraguaio pede ao Brasil deportação de ex-prefeito

  • Por Agencia EFE
  • 09/03/2015 12h52

Assunção, 9 mar (EFE).- O procurador-geral do Estado paraguaio, Javier Díaz Verón, viajou nesta segunda-feira ao Brasil para pedir às autoridades do país a “imediata deportação” de um ex-prefeito do governista Partido Colorado, acusado da morte de um jornalista e seu assistente, além de ser procurado por narcotráfico.

Segundo informou a Procuradoria paraguaia, Verón se reunirá com responsáveis da Polícia Federal e com o promotor Lorenzo Lezcano na cidade de Campo Grande, onde está detido desde a semana passada o ex-intendente de Ypehu Vilmar Acosta Marques.

“Neneco” Acosta foi detido na quarta-feira na cidade brasileira de Naviraí, no Mato Grosso do Sul, após ter passado cinco meses foragido da Justiça, procurado como autor intelectual do assassinato do correspondente do jornal paraguaio “ABC Color” Pablo Medina e de sua assistente Antonia Almada.

Verón disse antes de partir para o Brasil que vai assegurar que a deportação de Acosta ocorra como o esperado, segundo um comunicado do Ministério Público.

E que “não haja impedimentos para que isto seja efetivo no menor tempo possível”, acrescentou.

“Asseguramos a Vilmar Acosta, assim como a todos cidadãos, um processo justo (…) Para nós, este caso é chave e desde um início nos propusemos a trabalhar com inteligência, ciência e objetividade”, disse Verón.

Além disso, Verón destacou que o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, realiza “um acompanhamento permanente dos trabalhos realizados” pela Procuradoria neste caso.

O ex-prefeito de Ypehú, no departamento de Canindeyú, é acusado de ser o autor intelectual da morte de Medina e Almada.

Acosta foi levado pela Polícia Federal à Superintendência de Campo Grande para determinar se o político paraguaio do governista Partido Colorado e acusado também por produção, aprovisiono e tráfico de maconha, tem nacionalidade brasileira.

Na quinta-feira passada outro jornalista paraguaio foi assassinado perto da fronteira com o Brasil, o locutor Gerardo Servián, que foi baleado na cidade de Ponta Porã.

O Sindicato de Jornalistas do Paraguai (SPP) expressou sua repulsa pelo assassinato do quinto comunicador paraguaio desde que Cartes assumiu a presidência do país, há um ano e meio.

O assassinato de Servián ocorreu a 200 metros da divisa territorial com Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada do Brasil por uma avenida, e conhecida como refúgio para criminosos. EFE

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