Procuradoria egípcia abre novo processo contra líder de Irmandade Muçulmana
Cairo, 11 ago (EFE).- A Procuradoria Geral do Egito abriu nesta terça-feira um novo caso judicial contra o líder do grupo islamita Irmandade Muçulmana, Mohammed Badia, por organizar um acampamento e realizar atos violentos em uma praça do Cairo no verão de 2013.
A agência de notícias egípcia “Mena” informou que a Procuradoria enviou ao Tribunal Penal do Cairo o líder islamita e outros dirigentes e membros da Irmandade para que seja iniciado o processo.
Os processados são acusados de organizar, entre 21 de junho e 14 de agosto de 2013, um acampamento na praça de Rabaa al Adauiya, no leste da capital egípcia, onde supostamente havia armas e onde ocorreram assassinatos de civis e policiais, além de provocarem a interrupção da circulação de veículos nesse bairro da cidade.
Além disso, eles são acusados de sabotagem, ocupação de edifícios e propriedades públicas e privadas para cumprir “objetivos terroristas com a intenção de alterar a ordem” e porte ilegal de armas e explosivos.
Rabaa al Adauiya foi o principal acampamento islamita do Cairo, junto ao de Al-Nahda, no qual os seguidores do ex-presidente Mohammed Mursi permaneceram durante quase um mês para protestar por sua derrocada em 3 de julho desse ano.
Em 14 de agosto, os acampamentos foram desmantelados violentamente pelas forças de segurança egípcias, o que provocou centenas de mortes e deixou vários feridos, em incidentes denunciados pela comunidade internacional e organizações de direitos humanos.
Desde então, milhares de membros e seguidores da Irmandade Muçulmana -declarada organização terrorista- foram detidos e condenados à prisão perpétua e à morte, incluídos o próprio Mursi e Badia. EFE
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