Procuradoria pede prisão domiciliar para Ledezma por razões de saúde
Caracas, 24 abr (EFE).- O Ministério Público (MP) da Venezuela pediu nesta sexta-feira ao tribunal que julga o caso do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, preso desde fevereiro passado, direito a prisão domiciliar depois de ser submetido a uma cirurgia.
“O Ministério Público solicitou ao Tribunal 6 de Controle da Área Metropolitana de Caracas (AMC) uma medida cautelar substitutiva de liberdade para o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma Díaz, de 59 anos, por razões de saúde, pois precisa de uma intervenção cirúrgica”, disse o MP em comunicado.
Assim que a transferência for autorizada pela justiça, “o prefeito será transferido para um centro clínico onde será operado e, posteriormente, será levado a sua residência onde permanecerá sob prisão domiciliar para garantir sua recuperação”.
Minutos antes de a solicitação ser divulgada, a esposa do prefeito, Mitzy Capriles, disse na conta de Ledezma no Twitter que seu marido “foi avaliado hoje na prisão por seu médico e dois médicos do SEBIN (Serviço Bolivariano de Inteligência)”.
“Os três médicos concordaram com o diagnostico de hérnia e com a necessidade de tratamento cirúrgico o mais breve possível”, escreveu Capriles.
Ledezma foi acusado pela promotoria em 7 de abril de conspirar contra o governo venezuelano ao apoiar grupos que “pretendiam desestabilizar o país” com ações violentas.
Preso em 19 de fevereiro, o prefeito foi acusado de conspiração e formação de quadrilha e foi vinculado pela procuradoria com duas pessoas acusadas de conspiração para a rebelião em setembro.
Segundo o comunicado, a causa contra Ledezma guarda relação com o caso dos jovens Lorent Gómez Saleh e Gabriel Vales, expulsos da Colômbia em setembro de tentar cooptar pessoas no país para realizar “planos conspirativos”. EFE
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