Produção de veículos no Brasil cai um 18,2% em agosto

São Paulo, 4 set (EFE).- A produção de veículos no Brasil caiu em agosto para 216.465 unidades fabricadas, um resultado 18,2% menor do que no mesmo mês de 2014 e 3,5% inferior ao de julho, informou nesta sexta-feira a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea)

Entre janeiro e agosto deste ano o Brasil fabricou 1.730.708 veículos, uma contração de 16,9% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Anfavea.

De acordo com o presidente da associação, Luiz Moan, “parte da queda se deve ao ajuste de reservas”, que subiu para uma média de 52 dias de permanência de um veículo novo nas concessionárias antes de sua venda, por isso que a produção continuará reduzida em setembro e outubro, acrescentou o executivo.

Em agosto, as vendas, medidas por número de emplacamentos, caíram 23,9% em relação ao mesmo mês de 2014 e 8,9% frente aos resultados de julho.

No acumulado janeiro-agosto, o Brasil vendeu 1,75 milhão de unidades de veículos, 21,4% menos que nos primeiros oito meses de 2014 e o pior resultado para o período desde 2007.

“Continuamos em um momento bastante difícil de mercado, especialmente em caminhões, que apresentaram uma queda (nas vendas) de 40%”, ressaltou Moan.

As exportações brasileiras de veículos em agosto foram de 34.600 unidades, 21,9% a mais em comparação com julho, enquanto entre janeiro e agosto totalizaram 260 mil unidades, 10,5% a mais em comparação com o mesmo período de 2014.

O aumento das vendas para México, África do Sul e Peru compensou a queda das exportações que tinham como destino a Argentina, destacou a Anfavea.

O setor reduziu em agosto seu número de funcionários no comparativo anualizado em 9,8%, para 134.312, um reflexo da situação econômica do país.

Em um cenário de recessão e inflação em alta, que afeta a capacidade de consumo dos brasileiros, a indústria automotiva adotou medidas para reduzir sua produção, mediante a diminuição da jornada de trabalho ou a paralisação da fabricação durante semanas, e até demissões maciças em algumas fábricas. EFE