Produção industrial no Brasil teve maior alta em 19 meses em janeiro
Rio de Janeiro, 4 mar (EFE).- A produção industrial brasileira cresceu 2% em janeiro frente a dezembro, a maior expansão em comparação com o mês anterior em 19 meses, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O aumento da produção não era tão elevado desde o registrado em junho de 2013 (3,5%), mas é insuficiente para recuperar as perdas sofridas nos dois meses anteriores.
A produção da indústria encolheu 3,2% em dezembro e 1,1% em novembro, após ter crescido apenas 0,2% em outubro.
Apesar da recuperação no início de 2015, a produção industrial acumula uma queda de 3,5% nos últimos 12 meses até janeiro, o pior resultado para um ano desde janeiro de 2010 (-4,8%).
Além disso, embora tenha crescido na comparação com dezembro, a produção industrial em janeiro foi 5,2% inferior a do mesmo mês do ano passado.
Este foi o 11º mês consecutivo em que as fábricas produziram menos do que no mesmo período do ano anterior, mas esta comparação não leva em conta os fatores estacionais.
De acordo com o IBGE, dos 24 setores industriais analisados, 13 registraram aumento da produção entre dezembro e janeiro.
O setor que mais contribuiu para a recuperação foi o de produtos alimentícios, cuja produção cresceu 3,9%, mas também se registraram grandes altas na produção de máquinas e equipamentos (7,6%), metalurgia (5,4%), extração mineral (2,1%) e máquinas, aparatos e materiais elétricos (9%).
Entre os 11 setores em que a produção diminuiu, os destaques foram o de petróleo e combustíveis (-5,8%), perfumaria e produtos de limpeza (-4,8%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-5,8%).
Na comparação com janeiro de 2014, 20 de 26 setores analisados registraram quedas da produção. O setor com pior desempenho nesta comparação foi o de veículos, com uma redução de 18,2%.
O resultado da produção industrial em janeiro contrasta com vários indicadores negativos para a economia brasileira registrados no primeiro bimestre, como a queda do emprego e das vendas do comércio.
Segundo o Boletim Focus, pesquisa semanal divulgada pelo Banco Central, os analistas do mercado preveem que a economia sofrerá em 2015 uma recessão de 0,58%, pior resultado dos últimos 25 anos. EFE
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