Produção industrial tem queda recorde para setembro, em 19ª redução seguida

  • Por Agência Brasil e Agência Estado
  • 04/11/2015 11h13
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GRAVATAÍ, SC - 10.06.2015: MONTADORA-DEMISSÕES - Pátio da General Motors na cidade de Gravataí, no Rio Grande do Sul. Funcionários da montadora e das empresas sistemistas ficarão parados entre os dias 15 e 28 de junho. (Foto: Leonidas Cardoso/Raw Image/Folhapress) Folhapress Pátio da General Motors na cidade de Gravataí

A produção industrial brasileira recuou 1,3% em setembro deste ano, na comparação com o mês anterior. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal divulgada hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a quarta queda consecutiva do indicador nesse tipo de comparação.

Na comparação com setembro do ano passado, a queda é 10,5%, a maior redução desde abril de 2009 (-14,1%) e a 19ª consecutiva neste tipo de comparação. A produção acumula perdas de 7,4% no ano e de 6,5% no acumulado de 12 meses.

A queda de 1,3% em setembro, em comparação a agosto, foi provocada por recuos de 5,3% na produção de bens de consumo duráveis e de 1,3% nos bens intermediários (insumos industriais usados no setor produtivo).

Os bens de capital (máquinas e equipamentos usados no setor produtivo) tiveram alta de 1% e os bens de consumo semiduráveis e nãoduráveis tiveram aumento de 0,5% na produção.

Por ramo de atividade

A queda de 1,3% na produção industrial em setembro ante agosto foi consequência das perdas registradas em 15 dos 24 ramos pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A principal influência negativa foi do recuo de 6,7% registrado pela atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias. No mês anterior, o segmento já tinha verificado queda de 9,8%, o que resultou numa perda de 15,9%. Na passagem de agosto para setembro, a redução na produção de automóveis eliminou a ligeira recuperação da fabricação de caminhões.

“Nos caminhões há algum movimento positivo, mas totalmente insuficiente para reverter o comportamento negativo para esse produto no ano”, disse André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. “O resultado negativo de veículos automotores do mês (de setembro) é claramente por causa de automóveis”, emendou.

Macedo lembra que o setor tem sido marcado pela redução na jornada de trabalho, demissões e tentativas de adequação dos estoques, que permanecem elevados.

Quanto ao total da indústria, outras contribuições negativas importantes em setembro foram de máquinas e equipamentos (-4,5%), metalurgia (-3,1%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,2%), produtos alimentícios (-0,5%), celulose, papel e produtos de papel (-1,9%), produtos de borracha e de material plástico (-1,6%) e produtos de metal (-1,7%).

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