Professores chilenos decidem manter greve, que já completa 40 dias
Santiago (Chile), 10 jul (EFE).- Os professores chilenos decidiram nesta sexta-feira manter por tempo indefinido a greve, que já dura 40 dias, após considerar insatisfatória a resposta do Ministério da Educação sobre o plano de carreira debatido no Congresso.
A decisão de manter a greve foi tomada 48 horas depois de a presidente Michelle Bachelet enviar uma carta aos docentes, onde os convidava a “fazer história” e dizer que o Executivo “não poupará” esforços “na busca de acordos”. No entanto, o pró-secretário do Colégio de Professores, Mario Aguilar, disse hoje aos jornalistas que o diretório analisou durante toda a manhã as novas proposições do Ministério e considerou que a resposta não satisfaz.
“Ela apresenta alguns dos pontos colocados como reivindicações para uma nova carreira docente, mas não o fundamental que tem a ver com a eliminação da certidão, a questão das horas não letivas e um bônus de aposentadoria. Não é considerada uma resposta suficiente e, por isso, mantemos a greve por tempo indefinido, apesar de ser semana de férias”, afirmou.
Apesar da decisão, o grupo de professores anunciou que “fará todo o esforço” para continuar dialogando com o Ministério da Educação. Os docentes pedem que sejam avaliadas exigências como os exames de conhecimento em distintas matérias, que o plano estabelece como requisito para iniciar na carreira, assim como horários mais flexíveis em sala de aula e aumento de salário.
Durante a reunião, o Colégio de Professores decidiu convocar uma assembleia nacional para o próximo dia 24.
A ministra da Educação, Adriana Delpiano, advertiu no final de junho que a greve dos professores gera um prejuízo adicional, já que muitas famílias decidiram tirar seus filhos das escolas públicas que não têm aula. Segundo ela, 1.590 crianças mudaram de colégio, de municipais a particulares subsidiados, por conta da paralisação dos professores. A greve afeta 2.500 colégios administrados pelos municípios. EFE
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