Professores da rede estadual de SP decidem suspender greve que já durava 92 dias
Professores da rede estadual realizam assembleia no vão-livre do Masp
Protesto professores São PauloProfessores da rede estadual de SP decidiram nesta sexta-feira (12) suspender a greve que já perdurava 92 dias. A decisão foi tomada em assembleia realizada no vão do Masp, na Avenida Paulista. A paralisação foi a maior da categoria no Estado.
Os professores reivindicavam um aumento de 75,33% como equiparação salarial a outras categorias com a mesma formação. A greve, no entanto, foi suspensa apesar do governo paulista não ter apresentado qualquer proposta de reajuste.
Os professores grevistas ficaram divididos, alguns concordaram em suspender a greve, com a manutenção da mobilização, pedindo apoio inclusive de outros movimentos como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). No entanto, outros protestavam contra o fim da greve com vaias e gritos de “não tem arrego” e “a greve continua”.
A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), que representa mais de 180 mil professores, disse que o motivo para encerramento foi o corte de ponto dos grevistas, que estão sem receber seus salários desde maio. O sindicato irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal sobre os descontos.
Segundo a Apeoesp, 30% dos profissionais estão paralisados, enquanto o governo do Estado contabilizou 5% de faltosos na semana passada.
A categoria fez uma reunião com o governo de SP neste mês e este informou que enviará, dentro do período de 30 dias, um projeto de lei que estende o atendimento médico de saúde dos servidores públicos para esta parcela da categoria.
O governo do Estado também sinalizou uma diminuição do intervalo contratual dos temporários para três anos. Atualmente, é preciso se afastar das aulas por 40 dias após um ano de trabalho, para não haver vínculo empregatício.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.