Professores de Buenos Aires debatem pôr fim à greve após nova oferta salarial

  • Por Agencia EFE
  • 28/03/2014 18h23

Buenos Aires, 28 mar (EFE).- Os professores da província de Buenos Aires se mostraram satisfeitos nesta sexta-feira pela nova oferta salarial das autoridades provinciais e debateram pôr fim a 17 dias de greve que impediram o início do ano letivo de 3,5 milhões de alunos.

O governo portenho se comprometeu a elevar a até cinco mil pesos (R$1.410) o salário mínimo dos docentes, o que representa um aumento de 38%, enquanto ofereceu um aumento de 32,5% aos que ganham acima desse salário.

“Foi uma proposta melhor por parte do executivo. Não tem tudo o que nós colocamos, mas se aproxima. A decisão de aceitar ou não, não será tomada pelos dirigentes, mas sim pelas assembleias”, disse hoje à imprensa local Roberto Baradel, presidente do Sindicato Unificado de Trabalhadores da Educação de Buenos Aires, o maior da categoria.

Baradel admitiu que algumas assembleias aprovaram hoje a oferta governamental, mas informou que somente amanhã anunciarão a resposta definitiva.

Os professores desacataram duas ordens judiciais para retornar às salas de aula e ignoraram também a conciliação obrigatória ditada pelo governo provincial, que buscava continuar as negociações com as escolas cheias.

Os 17 dias de greve no início do atual ano letivo já superam a quantidade de dias da greve ocorrida em 2013, a maior em dez anos. As negociações salariais do setor educativo são umas das mais conflituosas da Argentina, porque servem como referência para os demais sindicatos. EFE

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