Professores mexicanos fecham estrada em protesto por morte de companheiro

  • Por Agencia EFE
  • 25/02/2015 21h51
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Cidade do México, 25 fev (EFE).- Cerca de dois mil professores realizaram nesta quarta-feira uma nova manifestação no estado de Guerrero, onde bloquearam a estrada que comunica a Cidade do México com o porto de Acapulco em protesto pela morte de um de seus companheiros.

O bloqueio acontece um dia depois do enfrentamento registrado entre policiais e professores nas imediações do aeroporto de Acapulco, que terminou com um morto, uma dúzia de feridos e mais de 100 detidos, dos quais apenais oito foram postos à disposição do Ministério Público.

Os integrantes da Coordenadoria de Trabalhadores da Educação em Guerrero (Ceteg) realizam o bloqueio à estrada em protesto contra a atuação da Polícia Federal na manifestação de ontem e a morte do professor aposentado Claudio Castillo Peña, de 65 anos.

De acordo com membros da Ceteg, o professor morreu esta madrugada por causa de golpes que recebeu de policiais, embora o comissário da Polícia Federal, Enrique Galindo, tenha informado que o boletim médico assinalava lesões no tórax e abdômen possivelmente provocadas “por esmagamento por aro de roda”.

O enfrentamento começou quando um grupo de manifestantes jogou um ônibus contra o cerco de agentes federais que resguardavam o acesso ao terminal aéreo, após várias horas de bloqueio à avenida e de um infrutífero diálogo com as autoridades.

A Ceteg se desligou desse incidente, alegando que “o caminhão chegou a atacar não só os membros da Polícia Federal, mas os companheiros que tentavam conter o público para que não caísse nas provocações”.

Os agentes responderam à agressão com o uso de bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes, o que derivou em um enfrentamento no qual os professores utilizaram paus, canos e pedras.

A Ceteg realizou várias manifestações, algumas delas violentas, contra a reforma educativa promulgada em 2013, que eliminou privilégios dos agrupamentos gremiais na contratação, permanência e promoção do pessoal docente.

Além disso, se somou aos protestos pelo desaparecimento dos 43 estudantes da escola de magistério de Ayotzinapa nas mãos de policiais e membros do crime organizado, ocorrido em 26 de setembro de 2014 em Iguala (Guerrero). EFE

sp/rsd

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