Professores peruanos fazem greve e cobram benefícios prometidos pelo governo

  • Por Agencia EFE
  • 22/04/2014 15h04

Lima, 22 abr (EFE).- Os professores de escolas públicas do Peru entraram nesta terça-feira em uma greve de 24 horas para exigir que o governo nacional ponha em vigor uma série de benefícios que, segundo o sindicato da classe, foram prometidos há um ano e meio.

O secretário-geral do sindicato, Hamer Villena, afirmou que a medida, que pegou de surpresa as autoridades peruanas, se deve ao descumprimento do pagamento do que qualificou como uma “dívida social” do Estado com os professores há vários anos.

“Dialogamos por um ano e seis meses para o cumprimento da promessa do governo do pagamento de nossos benefícios”, declarou Villena à rádio “RPP”.

Villena, que não deu nenhum dado sobre a adesão de professores à greve, afirmou que o governo descumpriu a promessa da formação de uma comissão multisetorial que deveria se encarregar de analisar o tema e acusou os ministérios de Economia e Finanças e do Trabalho de ter travado uma possível solução.

Segundo o dirigente, o sindicato dos professores considera que a categoria deve receber o pagamento de um bônus de 30% sobre o salário base, referente ao tempo destinado à preparação das aulas. Já os representantes do governo ofereceram 20%.

O ministro da Educação, Jaime Saavedra, manifestou surpresa pela paralisação e a qualificou como “irresponsável”, porque alegou que existe um diálogo aberto entre sua pasta e o sindicato.

“É uma irresponsabilidade que os professores abandonem seus postos de trabalhos, por isso dão um péssimo exemplo às crianças e jovens que se veem agora prejudicados”, declarou.

Saavedra disse que o Ministério está trabalhando no processo de implementação da Lei de Carreira Magisterial e que também procura outras fórmulas para que os professores possam melhorar seus salários e condições trabalhistas. EFE

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