Programa atômico iraniano será limitado e supervisionado durante 25 anos
O acordo nuclear estipulado nesta quinta-feira em Lausanne (Suíça) prevê que o programa de enriquecimento de urânio do Irã seja limitado e supervisionado por um período de até 25 anos, enquanto 95% de urânio já produzido pelo país deverá ser diluído ou enviado ao exterior.
Além disso, o tratado pactuado fala de “controles rígidos” de até 25 anos de todas as atividades nucleares iranianas por parte da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), segundo uma minuta do acordo ao qual a Agência Efe teve acesso.
Em contrapartida, serão levantadas todas as sanções impostas ao Irã devido a seu programa nuclear, tanto econômicas como diplomáticas.
Este acordo deve ser desenvolvido até 30 de junho, data limite para conseguir um pacto definitivo que encerrará 12 anos de disputas.
Além disso, dois terço da capacidade de enriquecimento de urânio devem estar sob permanente supervisão durante os primeiros dez anos do acordo.
O enriquecimento de urânio é uma das partes mais sensíveis das ambições nucleares iranianas devido a seu duplo uso, tanto civil como militar.
Nesse tempo, o enriquecimento de urânio para fins de pesquisa e desenvolvimento poderá ser realizado de forma limitada e sob estritos controles.
A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, assegurou em uma declaração perante os jornalistas que este acordo é um “passo decisivo” para solucionar o litígio nuclear.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammed Javad Zarif, destacou que seu país poderá continuar enriquecendo urânio e seguir desenvolvendo a tecnologia nuclear.
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