Projeto da ciclovia Tim Maia só previu onda de até 2,5m, mostra laudo

  • Por Estadão Conteúdo
  • 30/05/2016 12h46
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Rio de Janeiro - Grupo faz protesto e cobra respostas ao desabamento de ciclovia na Avenida Niemeyer, com cartaz no Mirante do Leblon. ( Fernando Frazão/Agência Brasil) Fernando Frazão/Agência Brasil Moradores do Rio vestem preto em protesto no Mirante Lebon para cobrar punição de responsáveis por desabamento de parte da Ciclovia Tim Maia

O projeto da ciclovia Tim Maia só previu o impactos de ondas com até 2,5 metros de altura dos pilares da estrutura. Este foi o erro mais grave do projeto da obra, segundo o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ), Reynaldo Barros. O tabuleiro da ciclovia, que desabou com a força do mar, estava a 25 metros acima do nível das águas.

A conclusão consta de relatório elaborado por seis engenheiros do conselho que analisaram as falhas do projeto por 30 dias. O estudo foi divulgado, nesta segunda-feira (30), na sede do Crea, no centro do Rio. O trecho da ciclovia que desabou em 21 de abril último, após ser atingida por forte ondulação, tinha cerca de 50 metros. O acidente deixou dois mortos.

Segundo Barros, houve falta de estudos preliminares oceanográficos dos efeitos de ressacas marítimas sobre a estrutura. “Houve uma falha de todos órgãos responsáveis pelo projeto e pela construção, incluindo a empresa e a prefeitura. Os engenheiros também podem ser responsabilizados. Vamos abrir um processo no conselho de ética e ouvir as suas defesas”.

Além da falta de cálculo do impacto, segundo Barros, outro erro grave foi retirar dos itens do edital de licitação a comprovação de experiência pelas empresas licitantes no projeto executivo. O argumento para a retirada foi a de que a medida restringiria o certame.

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