Projeto de pagamento de subsídio a transexuais causa polêmica para Argentina

  • Por Agencia EFE
  • 25/11/2014 19h49

Buenos Aires, 25 nov (EFE).- Um projeto de lei apresentado por uma legisladora de Buenos Aires que propõe o pagamento de um subsídio mensal de oito mil pesos (R$ 2.370) a transexuais com mais de 40 anos causou rebuliço nesta terça-feira na Argentina.

A iniciativa apresentada há mais de um ano pela legisladora kirchnerista María Rachid, só despertou a polêmica ao ser divulgada hoje pela imprensa local.

A promotora do projeto esclareceu que “a proposta estabelecia o pagamento de 2.400 pesos (R$ 710), expressados, como em todo projeto, em unidades fixas, mas o valor triplicou em um ano”.

“Agora o governo da província de Buenos Aires (a conservadora Proposta Republicana, Pró) diz que queremos pagar oito mil pesos”, argumentou à Agência Efe a legisladora portenha.

Rachid defendeu o projeto, elaborado em conjunto com a Federação Argentina de lésbicas, gays, bissexuais e trans (FALGBT), justificando que os transexuais de meia idade são “sobreviventes”.

“A vida média de pessoas trans é de 35 a 40 anos por viverem em uma situação de extrema marginalização, impossibilitados de se inserirem no mercado de trabalho”, explicou.

Rachid afirmou que a medida beneficiaria menos de cem transexuais de ambos os sexos em toda Buenos Aires.

A legisladora criticou o tratamento dado à iniciativa na capital argentina, onde o kirchnerismo é minoria na Legislatura local, mas não descartou que possa ser levado a um debate em nível nacional em algum momento.

“O projeto não está nem em comissão e não acho que será discutido, como ocorre com outros tantos que também ficam no caminho, como a lei integral de adultos idosos, mas tomara que chegue ao Senado algum dia”, afirmou Rachid. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.