Promotor pede quebra de sigilo de conta ligada a Nisman nos EUA
Buenos Aires, 10 abr (EFE).- A promotora argentina que investiga a morte de Alberto Nisman pediu nesta sexta-feira o envio de um precatório diplomático aos Estados Unidos para obter informação sobre uma conta bancária que o promotor teria em nome de familiares, informou a agência oficial “Télam”.
Alberto Nisman, que ivestigou durante dez anos o atentado contra a associação cultural judaica Amia, perpetrado em 1994 em Buenos Aires, foi achado morto em sua casa com um tiro na cabeça, em 18 de janeiro, quatro dias após denunciar a presidente argentina, Cristina Kirchner, de acobertar os suspeitos iranianos do ataque terrorista.
A promotora Viviana Fein pediu dados sobre uma conta no banco Merryl Lynch de Nova York que teria como titulares a mãe de Nisman, Sara Garfunkel; sua irmã, Sandra Nisman; e o técnico informático que entregou a ele a arma que causou sua morte, Diego Lagomarsino.
A existência de uma conta nos Estados Unidos foi comunicada pela ex-mulher do promotor falecido, Sandra Arroyo Salgado, e confirmada por sua irmã.
O documento de Fein, que inclui uma tradução oficial supervisionada pela Interpol, pede a quebra do sigilo bancário da conta para analisar sua movimentação.
Quase três meses após sua morte, a família acredita que Nisman foi assassinado e que seu corpo foi movido da posição em que recebeu o disparo, mas Fein afirma que as provas obtidas até agora não permitem descartar a hipótese do suicídio.
A denúncia de Nisman contra a presidente Cristina Kirchner de acobertamento, que se baseava no memorando de entendimento assinado entre Argentina e Irã em 2013, foi descartada por duas instâncias judiciais na Argentina por falta de provas. EFE
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