Promotor rejeita denúncia de Nisman contra Cristina Kirchner

  • Por Agencia EFE
  • 20/04/2015 18h53

Buenos Aires, 20 abr (EFE).- O promotor da Câmara de Cassação Penal argentina, Javier de Luca, rejeitou nesta segunda-feira a denúncia do falecido Alberto Nisman contra a presidente do país, Cristina Kirchner, por suposto encobrimento de terroristas, informaram fontes jurídicas.

De Luca apresentou sua decisão hoje perante a câmara, à qual tinha apelado o promotor Germán Moldes, da Câmara Federal, depois que esse tribunal rejeitou a denúncia.

“Desisto com fundamento do recurso interposto pelo colega que me antecedeu na etapa. Não é possível avançar nas propostas processuais de prova de alguns fatos da denúncia porque tais fatos não configuram delito”, justificou De Luca, em linha com o que foi defendido pelo juiz Daniel Rafecas em primeira instância e com a maioria da Câmara Federal.

A sentença do promotor De Luca será levada em conta pela Cassação Penal quando for decidido se será aceita a apelação de Moldes e se será ordenada a continuação da investigação ou se, em linha com a opinião do promotor, ou se será rejeitada a denúncia que Nisman apresentou no dia 14 de janeiro, quatro dias antes de morrer em circunstâncias não esclarecidas.

Em sua reivindicação, o promotor morto afirmava que a presidente argentina, o chanceler Héctor Timerman e outros colaboradores do Governo fizeram uma manobra para encobrir os supostos autores iranianos do atentado contra a associação judia Amia ocorrido em 1994, do qual Nisman estava encarregado de investigar.

Nisman colocava no centro da operação de encobrimento o memorando assinado entre Argentina e Irã em 2013, que supostamente serviria para suspender os alertas emitidos pela Interpol contra os suspeitos em troca da venda de petróleo iraniano à Argentina. EFE

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