Promotora do TPI volta a advertir contra atos violentos na Nigéria
Bruxelas, 16 mar (EFE).- A promotora do Tribunal Penal Internacional (TPI), Fatou Bensouda, voltou a advertir nesta segunda-feira sobre a violência “aberrante” na Nigéria, e lembrou a jurisdição do Tribunal de Haia para perseguir os responsáveis.
É a segunda advertência que Fatou faz em menos de um mês, após sua visita em fevereiro ao território nigeriano, e a poucos dias das eleições gerais de 28 de março.
“Enquanto os níveis de violência continuam sendo aberrantes em muitas partes do país, lembramos que o TPI tem jurisdição desde o Estatuto de Roma para investigar e perseguir os crimes cometidos em território nigeriano. Qualquer pessoa que incite ou se envolva em atos de violência no contexto das próximas eleições ficará sob a jurisdição tanto da justiça nigeriana quanto do TPI”, declarou a promotora em comunicado.
Fatou também disse que “ninguém deve duvidar” que seu escritório perseguirá individualmente os responsáveis por crimes. Ela insistiu na necessidade de a Nigéria realizar eleições “livres de violência”, um requisito importante “não apenas para prevenir futuras situações de instabilidade no país, mas também por que enviarão uma mensagem clara de que pleitos eleitorais não têm que derivar em violência e crimes”.
A menos de 15 dias das eleições presidenciais, a Nigéria vive uma escalada de violência no norte do país, onde o grupo Boko Haram controla amplas regiões e comete atentados e sequestros quase diariamente. EFE
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