Promotora ouvirá senador que qualificou morte de Nisman de “crime passional”

  • Por Agencia EFE
  • 25/02/2015 15h49
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Buenos Aires, 25 fev (EFE).- A promotora argentina a cargo do caso de Alberto Nisman, promotor achado morto em janeiro, dias após denunciar à presidente Cristina Kirchner por suposto acobertamento de terroristas, convocou para depor nesta quarta-feira um senador governista para que explique por que disse que se tratou de um “crime passional”.

O senador Salvador Cabral confirmou hoje a meios de comunicação locais que prestará depoimento à promotora Viviana Fein por escrito e que manterá tudo o que disse sobre o fato de a morte de Nisman ter se tratado de “um crime passional entre um amor homossexual”, no qual supostamente esteve envolvido o único acusado na causa, Diego Lagomarsino, que lhe emprestou a arma acabou com sua vida.

“O marido, que é o magrinho que lhe levou a pistola, encontrou Nisman em situações amorosas e lhe deu um tiro na cabeça”, disse Cabral na semana passada, após o que se presumiu que fazia referência a Lagomarsino.

“Não sei se terá sido Lagomarsino. O único concreto é que há uma arma e um jovem, sem os quais o crime não existiria”, comentou Cabral em declarações ao jornal “Perfil” antes de afirmar que sua convocação para depor se deve aos “jornalistas da escória”.

O escritório do advogado de Lagomarsino, Maximiliano Rusconi, informou hoje à Efe que no mesmo dia em que o senador fez essa afirmação, apresentaram um documento perante a procuradoria para exigir que prestasse depoimento como testemunha.

“Estamos colaborando na folha de perguntas que será enviada. Embora declare por ofício, igualmente estará sob juramento”, ressaltou à imprensa o defensor do técnico em informática que colaborava com Nisman.

Lagomarsino visitou Nisman em sua casa duas vezes na véspera de sua morte, já que o promotor havia lhe pedido uma arma para se proteger, segundo o testemunho do próprio técnico.

Nisman foi achado morto com um tiro na cabeça em sua casa de Buenos Aires no último dia 18 de janeiro, horas antes de comparecer no Congresso para explicar a denúncia apresentada contra a presidente Cristina Kirchner por acobertamento de terroristas iranianos. EFE

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