Promotoria de Catânia diz que 850 pessoas viajavam em pesqueiro que naufragou
Roma, 21 abr (EFE).- A Promotoria de Catânia, no sul da Itália, disse nesta terça-feira que 850 pessoas estavam a bordo da embarcação que naufragou no domingo passado e avaliou que o número de mortos é de “algumas centenas” de pessoas.
Em um comunicado, a Promotoria explicou que a estimativa se baseia nas informações fornecidas por sobreviventes e em um relatório do navio português que prestou socorro à balsa no momento em que ela afundou.
Além disso, disse que “o exíguo número de sobreviventes (28) pode ser resultado do fato de que muitos imigrantes, entre eles mulheres e crianças, encontravam-se presos nos porões do barco”.
No entanto, os promotores afirmaram que por enquanto “não é possível saber com precisão” o número de vítimas fatais.
As investigações prosseguirão e não se “exclui a inspeção e o eventual resgate da balsa que naufragou”, opção que será avaliada posteriormente.
A justiça italiana trabalha com duas hipóteses para o naufrágio. Por um lado, atribuem o desastre às manobras equivocadas do comandante do pesqueiro, que teriam ocasionado uma colisão com o navio português “King Jacob”, que prestou socorro no local do desastre.
A outra hipótese é que o excesso de viajantes a bordo provocou o tombamento do barco e seu posterior afundamento.
Os promotores disseram que “por enquanto não se pode atribuir nenhuma responsabilidade ao navio que ofereceu socorro e que não contribuiu de modo algum ao fatal evento”.
O acidente aconteceu durante a madrugada de domingo, quando a guarda-costeira italiana, após receber um pedido de auxílio, solicitaram a um navio mercante português que navegava pela zona que socorresse a embarcação.
A guarda-costeira italiana informou que, por enquanto, o número de corpos recuperados é de 24 e o de sobreviventes é de 28 homens.
Ontem, eles chegaram ao porto de Catânia a bordo de um navio da Marinha, e entre eles se encontravam dois supostos membros de uma rede de tráfico de pessoas: o comandante, Mohammed Ali Malek, um tunisiano de 27 anos, e seu assistente, o sírio Mahmoud Bikhit, de 25 anos. EFE
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