Promotoria rescinde contrato de colaborador que emprestou arma a Nisman

  • Por Agencia EFE
  • 10/02/2015 17h29
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Buenos Aires, 10 fev (EFE).- A procuradoria argentina rescindiu oficialmente o contrato do colaborador do falecido promotor Alberto Nisman, Diego Lagomarsino, que lhe emprestou a arma que acabou com sua vida dias após apresentar uma denúncia contra a presidente Cristina Kirchner.

Segundo o Ministério Público, a ruptura do acordo trabalhista com Lagomarsino aconteceu porque o técnico em informática não foi trabalhar em todo o mês de janeiro.

A procuradoria também rescindiu o contrato do advogado Claudio Rabinovich, outro dos colaboradores que trabalhavam com Nisman na Unidade Fiscal Amia, pelos mesmos motivos.

Nisman, promotor especial na causa que investiga o atentado contra a associação mutual israelita Amia, que deixou 85 mortos em 1994, foi encontrado morto em sua casa de Buenos Aires no último dia 18 de janeiro, com um tiro na cabeça, em circunstâncias ainda não esclarecidas.

A morte aconteceu quatro dias após ter denunciado Cristina Kirchner e vários dirigentes governistas por suposto acobertamento de suspeitos iranianos do atentado.

Lagomarsino e Rabinovich eram empregados contratados da Unidade Fiscal Amia, mas quase nunca trabalhavam na sede da procuradoria.

A decisão de rescindir os contratos foi adotada depois que o encarregado de substituir Nisman, o promotor federal Alberto Gentili, comunicou que não trabalhariam e que não apresentaram as faturas correspondentes.

Lagomarsino, dono da pistola Bersa de onde saiu o projétil que matou Nisman, é o único acusado na causa até o momento, por emprestar a arma ao promotor.

Por sua vez, Rabinovich é um advogado que colaborava com Nisman e esteve no edifício onde o promotor vivia na sexta-feira anterior a sua morte. EFE

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